Capítulo 77

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Após esse momento, conseguimos finalmente ir embora. Quando chegamos ao apartamento de Will, ali estavam os meninos sentados no sofá, os olhinhos pareciam vermelhos assim como os meus deviam estar, e bem, para minha surpresa, o resto de sua família também estava ali. 

- Lucy, querida, o que aconteceu com você? - sua mãe perguntou, os olhos arregalados, ao mesmo tempo que os meninos ficavam em pé e vinham em minha direção, gritando: 

- Mamãe! 

Tomei ambos em meus braços e os abracei com força, como eu estava com saudade deles. 

- Sem perguntas agora - William disse - vá apenas tomar banho e descansar um pouco. 

- Oi para você também, William - a mãe dele colocou as mãos na cintura e não estava com a cara muito boa - não queria receber sua mãe aqui, não é?

- Nem sua irmã - Ana se manifestou e caminhou até mim - que saudades de você - nos abraçamos, fiz o mesmo com sua mãe e Julian, que sussurrou: 

- Bem-vinda de volta. 

Depois dos cumprimentos e reprimendas por parte das mulheres da família de Will, e após eu ficar sabendo que os olhos fundos de William não eram impressão minha, que ele havia passado noites a fio sem pregar os olhos e mal comendo (eu não sabia se ficava brava ou adulada), fomos para o quarto. Entrei no banheiro para tomar um banho bem relaxante na banheira grande de Will, joguei a cabeça para trás e fechei os olhos. Ouvi um clique na porta, mas não abri os olhos. 

- Tem espaço para mais um? - uma voz rouca e masculina soou e fez meu corpo inteiro tremer. 

- Para você sempre tem - mordi os lábios. Ficamos ali relaxando, minhas costas encostada no peito rígido dele e deixei minha cabeça cair em seu ombro. Conversamos sobre coisas banais, suas mãos tocando minhas pernas levemente, minhas costas. Antes que eu pudesse notar o que ele tinha em mente, o homem atrás de mim me puxou para ficar em pé e me levou até o chuveiro e o ligou, o jato quente caindo sobre nós enquanto ele me encostava na parede e atacava minha boca com a sua. Enrosquei minhas pernas ao seu redor e pude senti-lo entre minhas coxas, fazendo-me gemer. Ele deixou um rastro de fogo na minha mandíbula, no meu pescoço e senti sua boca quente envolver um dos meus seios. 

- Oh - ronronei, entrelacei meus dedos em seus cabelos macios e molhados, o puxando para mais perto de mim. 

- Eu sonhei com isso por tanto tempo - e então, ele estava dentro de mim, apenas ele, pele com pele, nada mais entre nós. E eu adorei a sensação - eu nunca fiz isso antes - murmurou e essa informação inflou ainda mais meu peito. 

Eu já havia feito, mas por uma causa nobre e isso não vinha ao caso. Eu gemia alto quando senti meu corpo vibrando pela proximidade da minha liberação e agradeci pelo som da água abafar meus gritos. Ele apoiou a cabeça na parede atrás de mim quando alcançamos o que procurávamos. 

- Isso...foi demais - murmurei. 

- Que belo eufemismo - ele bufou.

Nos secamos e quando saímos do banheiro, os gêmeos estavam sentados na cama e sorriram para nós. Nos sentamos ao lado deles e cada um deitou no colo de um de nós. Permanecemos assim por um longo tempo, ninguém disse nada mas havia uma paz naquele lugar e eu queria chorar por aquele momento, parecíamos uma família. 

Estava distraída acariciando os cabelos de Max quando ouvi Will engolir ao meu lado. Várias coisas passaram pela minha cabeça: ele havia notado esse momento também? Quero dizer, como parecíamos uma família de verdade? Estava arrependido do que havia me dito? Bem, era tarde para voltar atrás. Não ousei olha-lo. 

- Lucy - ele chamou e era minha vez de engolir, parecia que havia um caroço na minha garganta que não permitia isso. 

- Sim? - forcei e saiu sufocada. William agarrou o meu queixo e me fez encara-lo. 

- Case-se comigo? - uau, aquilo me pegou de surpresa. Eu estava paralisada, apesar de querer beija-lo e abraça-lo e tudo mais que eu pudesse.

- Eu... não sei o que dizer - murmurei como uma idiota.

- Diga que sim, diga que será minha para sempre - tocou meu rosto e me beijou levemente. 

- Sim - falei, lágrimas acomodando-se em meus olhos - sim, mil vezes sim. 

Eu o beijei, mais uma vez. Eu não era de acreditar em contos de fadas, mas eu sentia que ali estava o meu felizes para sempre, com os três homens mais importantes da minha vida.


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