Olhei-me no espelho e passei as mãos nos meus cabelos.
- O que você está fazendo com a sua vida, Lucy? - perguntei-me - se William tem tanto amor para dar, por que não o poderia dar a você?
Porque ele também não me amava, assim como disse que não a amava. Essa era a questão.
- Lucy? - uma batida leve soou do lado de fora e a voz do homem que atormentava meus pensamentos veio até meus ouvidos como se ele estivesse com um auto falante.
- Já estou saindo - respondi. Continuei encarando-me através do espelho e decidi que eu tinha duas opções: ou eu fugia como uma covarde ou eu fazia esse homem se apaixonar por mim de qualquer jeito.
A segunda opção ganhou, nunca me senti tão determinada e tão corajosa. Abri a porta e encontrei William encostado no vão da entrada do seu quarto, ele ergueu a vista e seus olhos estavam tão azuis que me hipnotizaram por um momento. Nina não teria esse homem e se ele queria apenas uma foda sem sentido como ele disse, então jogaremos esse jogo.
- Você está bem? - ele perguntou franzindo o cenho.
- Muito bem - respondi antes de me aproximar, empurra-lo para dentro do quarto e trancar a porta atrás de mim.
- Wow - escapa dos lábios dele enquanto o empurro na cama - você está bem, Lucy? - interroga com os olhos arregalados.
- Você já me perguntou isso - murmuro e selo nossos lábios, beijando-o selvagemente.
Não demorou para nossas roupas estarem emboladas no chão e nós dois na cama, balançando nossos corpos em perfeita sintonia. Mordi seu ombro para abafar um gemido quando eu vim, minhas pernas ficando moles e minha respiração havia tornado-se difícil; com um urro, William me seguiu em um desesperador clímax. Permanecemos imóveis por um tempo, eu estava apreciando a proximidade entre nós e eu realmente o queria na minha cama todos os dias, fazendo amor comigo. Mas como isso não era uma opção, eu jogaria com suas regras... por um tempo. Faria com que ele provasse do próprio veneno e seria tão casual quanto ele. Sentei-me na cama e comecei a me vestir, pronta para sair dali.
- Onde você vai? - ele perguntou, confuso.
- Vou embora - disse sem olha-lo.
Terminei de me vestir, virei-me para beija-lo brevemente nos lábios e ele me encarava como se tivesse brotado uma segunda cabeça em mim.
- Vai para onde? - ele perguntou, segurando meu braço quando comecei a me afastar.
- Para a casa da Júlia, ora.
- E é assim? Você apenas consegue o que quer e vai embora? - reprimi um sorriso por sua especulação e incredulidade.
- Foi apenas sexo, William, já fizemos isso antes - o beijei novamente e tirei meu braço da sua mão - nos veremos depois - pisquei um olho para ele e sai do quarto, deixando-o nu e com seus grandes olhos azuis arregalados. Quando eu estava em segurança do lado de fora... eu dancei. Tudo estava saindo nos conformes.
WILLIAM
Atônito, estupefato, aturdido.
Escolha o que mais lhe agrade. Esses eram sinônimos de como eu estava me sentindo nesse exato momento. Lucy havia pulado em mim como se ela fosse uma leoa faminta e eu o cervo que ela havia escolhido para ser sua refeição do dia. E eu não pude fugir rápido o bastante, sendo assim capturado por suas garras afiadas. E então, depois de termos uma transa magnífica, nossos corpos listrados de suor e luxúria, ela apenas se levanta, coloca sua roupa e vai embora. Por um momento eu me senti usado, apenas para sua distração.
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ღ Perigosa Atração
RomanceLuciana Hamilton, filha do poderoso duque de Westwick, era a favorita do papai e por isso sempre foi mantida presa na enorme casa da família ou vigiada de perto por inúmeros guardas-costas, longe dos olhares famintos dos homenzarrões da cidade. Poré...