Adriano vai para o Canadá

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Adriano

Duas semanas se passaram depois que me encontrei com o Jorge, e saber que Renata está noiva de Alexandre foi e não foi uma surpresa,por mais que tenha se passado quase três anos, meu coração ainda dava umas rateadas por ela, mas a vida segue e hoje estou embarcando para o Canadá, competição de esqui, Jorge não vai por causa dos filhos, mas ano que vem, prometeu em estar comigo, assim Pedro vai estar mais crescido e pronto para enfrentar o frio.

Por sorte guardei o endereço de Renata, ela avia me dado logo que partiu, achando que um dia eu fosse aparecer por lá, e acho que vou mesmo, pelo menos a amizade entre nós pode existir.

Desci do táxi e entrei no aeroporto internacional de Guarulhos, levando uma mala e uma mochila de mão, já ouve extravio de mala, se acontecesse de novo, não ficaria sem roupa até a mala chegar ao hotel.

Uma hora depois estava acomodado na minha poltrona pronto para levantar voo.

Acordei no dia seguinte sendo chamado pela aeromoça, iriamos pousar, me ajeitei na poltrona, apertei o cinto de segurança e esperei descerem previsão do tempo: NEVE. - Sorri animado esfregando as mãos, seria uma temporada maravilhosa.

Três horas depois estava no hotel, fazendo meu check-in, deixaria minhas coisas e procuraria Renata para matar a saudades dela.

Depois de um bom banho tomado, segui para onde Renata está morando, o bairro é super gostos, bem distribuído e a neve naquele lugar combinava bem, paguei o taxista e desci do carro, subi os três degraus e parei diante da porta, tocando a campainha, na minha bolsa um caixa de bombom que ela gosta.

Uma senhora me atendeu, olhou para mim estranhando minha presença ali.

- Boa tarde, Senhora... Procuro por Renata Quintino, sou amigo da família e ela disse que estava morando aqui.

- Amigo da família?- ela pareceu estranhar- E qual o seu nome?

- Adriano... O Jorge é meu melhor amigo... - Sorri.

- Adriano! - Ouvi uma voz feminina atrás de mim e me voltei para ela. - Meu Deus,há um século que eu não o vejo! Como estão todos no Brasil?

Fiquei de boca aberta, abri os braços para um abraço caloroso e saudoso.

- Estão todos bem... E você? - Era bom ver gente conhecida.

- Mamãe,não se lembra do Adriano?- Amber perguntou,praticamente me puxando pra dentro

- Acho que o vi poucas vezes! Vamos entrando. Vou avisar a Renata que ela tem visitas

- Me conte? Está morando aqui no Canadá? - Olhei para Amber assim que me sentei no sofá. - Me falaram que estava em Nova York?

- E estou! Vim visitar meus pais com meu marido! Ele está por aí com o major.

- Então se casou mesmo! - Fiz cara de surpresa. - Half?

- Não! Ralf e eu estávamos separados há um ano quando conheci Sebastian

- Há... Quero muito conhecer, porque... O garota difícil pra criar compromisso... O Costella até hoje fala sobre isso...

Eu e Renata nos sentamos, ela estava radiante em me ver, não sei que tipo de sinal era aquele, o de feliz em me ver ou de quem estava louca pra me beijar.

- Coo você está minha marrentinha.

- Nunca fui marrenta. - Disse ela fazendo um bico. - Você quem é marrento, mandão!

- Soube que está noite. - Meu sorriso ficou triste, claro que estava jogando charme.

- Sim... - Ela me mostrou o anel de noivado. - E pela primeira vez Jorge não surtou. - Ela riu.

- Percebi que o problema era comigo então.

- Não mandei fazerem pacto idiota. - Ela mostrou a lingua para mim, eu tentei pegar como fazia.

- Para Drico. - Ela bateu em minha mão eu as peguei e segurei firme entre minhas mãos.

- Eu fui um perfeito idiota... Pode falar.

- Idiota... - Ela falou me olhando de lado, fala mansa.

- Mesmo assim, não iria conseguir continuar o namoro com você, mas eu não consigo pensar você com outro cara, bem mais velho que eu.

- É a vida... Alex aceita e é um grande companheiro... - Ela sorriu tão linda, tive vontade de beija-la.

- Vem pra cozinha, vamos tomar um suco e você me conta sobre o que veio fazer no Canadá.

Concordei e a segui para a cozinha, Renata preparou um suco para nós e passamos a conversar, riamos e brinquei muito com ela, até escutarmos a porta da frente ser aberta, Renata não deu bola, apoiou a mão no meu braço, nos olhamos.


O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora