Adriano volta para o Brasil

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Adriano

Estava vivendo um começo de ano completamente diferente do que estava acostumado.

Renata era simplesmente sensacional e no divertimos e muito em Los Angeles.

Ver seu sorriso ao andar na roda gigante foi gratificante. Brincamos como duas crianças.

Mesmo frio, pegamos praia, usando macacão de surfista e olha que tentei ensina-la a surfar.

Agora era hora de nós despedirmos.

Ela voltaria para Nova York e eu para o Brasil.

No aeroporto de Los Angeles estávamos abraçados, nos beijando lentamente quando o vôo dela foi chamado.

Acariciei seus cabelos.

- Anotou meu e-mail, Skype, celular do WhatsApp? Promete que vai me ligar, que vamos nos ver sempre que puder? - peguei sua mochila do chão e a a ompanhei até o portão de embarque

Meu vôo sairia daqui uma hora.

- Aposto que você vai me esquecer quando colocar os pés no Brasil. - Ela sorriu fraco e me abraçou. - Eu me diverti muito!

- Fico feliz... Porquê também me diverti muito, mesmo estando frio. Foi muito bom esses dias que passamos juntos. - A abracei forte e a beijei. - Me liga assim que puder.

- Vai me atender? - ela sorriu.

- Claro que vou. - Sorri para ela. - Vai me ligar?

- Claro que vou! - Ela repetiu minhas palavras. - Você foi maravilhoso! Eu amei esse fim de ano diferente

- Eu também adorei. Você foi a melhor coisa que aconteceu... - Segurei seu rosto e a beijei.

Novamente o vôo dela foi chamado.

- Até mais, Adriano! - ela sorriu,me deu um último beijo rápido e seguiu.

Fiquei parado olhando a Renata entrar no embarque, ela acenou para mim, sorriso amoroso no rosto, mordendo o lábio inferior.

Acenei para ela e mandei um beijo antes dela sumir. Respirei fundo e fui para o outro embarque, agora era hora de voltar para o Brasil.

Foram 12 horas de viagem, chegando em Guarulhos às 6:40horas da manhã. E para a minha surpresa dei de cara com Alex e sua filha, ele estava na esteira pegando suas malas.

- De volta a realidade? - Parei ao seu lado.

- Nós somos amigos?- ele me encarou.

- Graças a Deus, não... - Cruzei os braços e o encarei. - E é muita falta de sorte em te encontrar justamente hoje... Aqui... Bem num momento que eu estava feliz!

- Sou obrigado a compartilhar da sua opinião, com licença! - ele fez menção de passar por mim.

- Quer carona para São Paulo? - perguntei alto.

- Vai à merda, mermão! - ele respondeu na mesma altura já se afastando

Gargalhei vendo Alex sair daquele desembarque com a filha sentada sobre as malas.

Vinte minutos depois estava saindo, meu primo me esperava do lado de fora.

- Opa! - Sorri para Emerson e o abracei.

- Como foi a viagem?

- Boa... - Empurrei o carrinho para sairmos do aeroporto. Fui contando para ele sobre a moça que conheci.

- Me despedir da Renata no aeroporto... Cara! Que mulher, vou morrer de saudades dela, mas prometi que em fevereiro ou março estarei nos States novamente.

- Você não tem jeito mesmo, Adriano! - Meu primo disse rindo e arrancando risos de mim.

- Não vejo a hora de chegar em casa e falar com ela pela Cam... Ver aquela boca gostosa... Cara! Vou sentir falta daquele corpo quente, daquele cabelo cacheado...

Mal fechei a boca e senti o soco no rosto,me fazendo perder o equilíbrio.

- Você está pedindo por isso desde Nova York!

- Você ficou maluco, seu babaca! - Levei a mão ao rosto onde tinha me acertado.

- Maluco? - havia um brilho assassino em seu olhar. - Eu estou tentando ignorar você, juro que estou,mas você não dá uma brecha. Pare de falar na minha mulher como se vocês ainda tivessem algo.

- Há!!! - Gargalhei. - Você estava ouvindo a conversa alheia... Que feio, Alex!!!

- Ouvi nitidamente o nome da minha mulher. Eu até sabia que você era um ressentido e idiota, mas mentiroso... francamente, não sei o que a Renata viu em você

- Você está assim porque eu fui o primeiro a pegar naquela gostosa. Comi muito, meti muito a boca... - falei para provocar, eu era recebido sim, mesmo estando errado, não iria dar esse gostinho de virar as costas.

- Você é um filho da puta! - Alex partiu pra cima de mim de novo,mas dessa vez não me pegou desprevenido, trocamos socos até sermos apartados pelos seguranças do aeroporto

[10:12, 5/2/2019] Heloisa: - BABACA... VELHO! - Tentei sair fora das garras do segurança. - Daqui a dez anos a Renata vai se dar conta que você não é homem pra ela... Ela é quente, precisa de muito pra apagar aquele fogo.

- Para com isso Adriano! - Meu primo se pôs a minha frente

- Mas que merda é essa? - Jorge chegou bem na hora da confusão. - E como sempre indo para o lado do cunhado. - Alex... Que confusão é essa?

- Seu amigo já chegou aqui contando vantagem. O idiota não aceita ter perdido pra mim

- Está tudo bem... - Jorge disse aos seguranças.

- Desculpe, senhor! Mas a polícia já está chegando.

- Eu sou juíz... - Jorge mostrou a sua funcional. - Eu resolvo isso. - Ele apontou para mim. - Some daqui, Adriano. E você já para o carro. Está assustando a Duda.

Jorge saiu puxando Duda e o Alex que não tirou os olhos de mim.

Não aguentei e ri me deliciando.

- Babaca... Ainda vou pegar a Renata de jeito...

- Se comporte, Adriano ou não seremos mais amigos. - Jorge disse em alto e bom som.

- Você nunca foi meu amigo de verdade... - Explodi.

Jorge deu Duda a Alex e disse algo para ele que seguiu com o carrinho de bagagem e a menina, e Jorge veio até mim.

- Você diz isso porque não apoiei seu namoro com a minha irmã. Mas tem uma diferença muito grande - Jorge tocou no meu peito. - Você não foi honesto comigo... Mas sempre te considerei como meu amigo. Agora está em suas mãos em manter a nossa amizade ou não.

- Eu conheci uma moça em Nova York e ela se chama Renata... Satisfeito? - Apanhei minha mochila que tinha caído no chão e dei as costas para Jorge, saindo daquele aeroporto.



O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora