Adriano vai para NY

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Adriano

Assim que cheguei em NY mandei mensagem pra maluca da colega de quarto da Renata. Apanhei um táxi e segui para o apartamento que as duas dividiam no campus.
Subi com aquela mulherada alvoroçada olhando para mim como se eu fosse um filé suculento. Em outros tempos até encararia uma suruba só com mulheres.
Bati na porta sem muito alarde, Maria abriu a porta e eu entrei, achando Renata dormindo virada de costas para a parede.

- Com ela está? - Perguntei deixando a mochila no chão e me sentei na cama de Renata.

- Apagada! - ela riu. - Ela até acordou,mas foi só pra voltar a dormir. O médico disse que ela está anêmica, por isso a fraqueza!

- Você vai para aula? - perguntei temeroso se teria que sair também.

- Sim! Mas,já deixei a equipe de sobreaviso que o marido dela estava chegando.

- Marido? - Arregalou as sobrancelhas e ri. - Tudo bem! Então deixa que o maridão cuida de tudo.

- Era o único modo deles deixarem você ficar sem ser parente.

- Claro... Entendi. - Tirei o tênis dos pés. - Se importa se eu deitar ao lado dela? Meu vôo foi muito ruim.

- Eu não me importo com nada... Fui! - Maria acenou e saiu.

Tirei a calça jeans e me deitei ao lado de Renata, puxando seu corpo para mim. Cheirei seus cabelos e com jeito para não acorda-la levei a mão ao seu ventre, respirei fundo relaxando ao seu lado.

Devo ter dado uma cochilada, pois acordei sentindo a mão dela no meu rosto, abri os olhos e a olhei.

- Dorminhoca!!! - Falei baixo e lhe dei um beijo.

- O que está fazendo aqui? - ela sorriu e me beijou.

- Saudades... E... Me aposentei. Agora eu vou ser apenas um empresário e patrocinador. - Ele piscou para mim. - Arrume suas coisas... Vamos para meu apartamento aqui perto. Aluguei e vamos ficar aqui até você terminar seu curso.

- Você e eu vamos morar juntos? - Ela sorriu animada e me apertou forte num abraço. - Amor, eu... - ela afastou-se um pouco. - Eu...Nós vamos ter um bebê!

- Eu sei!! - Falei tocando em seu nariz. - Vamos cuidar deste moleque ou... Princesa!

- Como você soube?

Puxei o teste debaixo do travesseiro.

- Deixou sobre a mesinha. - Não queria entregar Maria.

- Nem acredito que você está aqui comigo e que nós vamos ser pais.

- Está feliz? - Sorri afastando seus cabelos do rosto. - Acho que devíamos voltar pro Brasil!

- Não tenho pressa, Renata. Uma que até vc fazer três meses, não poderá viajar. E falta pouco para se formar. Eu não sou mais um atleta e não tenho mais compromissos com treinos e campanhas.

- Então nosso filho vai nascer em solo americano?

- Não dá! É apenas para que termine seus estudos. Se o bebê nascer aqui... Tudo bem, mas teremos que voltar. Tudo bem?

- Tudo o que mais quero é voltar pro meu lar e ver minha mãe babando o netinho. Pena que os nossos pais não estejam vivos pra acompanhar o nascimento do neto.

- Não faço tanta questão de ter meu pai por perto. Sei que minha mãe ficará louca pelo neto. - Sorri animado. - Já vejo as duas avós se divertindo na compra do enchoval.

- Mamãe e Andréia ficarão loucas com a novidade! -ela sorriu- E você, está feliz?

- Muito! E acho que foi praga do Jorge. - Gargalhei tapando o rosto com a mão.

- Não mesmo... Mas estou animado com a ideia. Não vou ser o cara com a cerveja na mão em uma festa de criança.

Renata gargalhou da minha expressão.
- Nós seremos bons pais,apesar de não termos nenhuma experiência.

- Vamos nos dar bem nesse quesito. - A abracei. - Vou treinar meu filho para ser um grande atleta.

- Hum! E se ele quiser ser um intelectual?

- Aí você vai ter que engravidar novamente. - Gargalhei.

- Eu terei todos os filhos que você quiser ter comigo. Eu amo crianças!

- Estão estamos acertados... Agora vamos arrumar suas coisas e fazer sua mudança para o meu AP. Vamos ligar para sua mãe e a minha e contar a novidade.

- Agora só falta resolver um probleminha.

- Qual?

- Da minha fome! - ela sorriu. - Eu estou faminta!

- Perfeito para irmos a uma cafeteria e tomar aquele café da manhã. - Rimos e nos abraçamos.

- Isso se o médico me liberar.- Renata me apertou num abraço gostoso e repousou a cabeça em meu peito.

- Como assim? Se o médico liberar? - Fiquei preocupado.

- Eu ainda não recebi alta, como vou sair pra um café da manhã na rua?- ela deu de ombros.

- Amor... Vamos pro apartamento e eu saio pra ir comprar tudo... Farei o melhor café da manhã pra você.

- Ai que namorado mais fofo esse meu!- ela emendou fazendo um biquinho.

- Porque eu te amo e você merece ser mimada. -. A beijei e me levantei. - Vamos pegar algumas coisas, depois eu venho e busco o restante. Certo?

- Certo! - Concordei sorrindo.


O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora