Adriano compra o par de alianças

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Adriano

Seguimos para o Bulevar de Manhattan e me diverti com Renata fazendo compras. Deixei ela por uns minutos na loja de lingerie e corri na loja de joias.

- Quero um par de alianças... - Coloquei a mão no bolso e tirei um anel que ela costumava usar, uma bijuteria barata, que cabia em seu dedo anelar direita.

- Hum! preciso ver se tenho algo a pronta entrega. 

- Tenho certeza que tem. - Sorri para a vendedora.

Vi algumas e achamos uma que serviria por hora. Paguei enquanto a vendedora colocava na caixinha. Peguei a sacola e saí da loja, no caminho para a loja onde Renata estava, descarei a sacola e guardei a caixinha com as alianças e a nota fiscal nos bolsos.

- Espero que tenha comprado coisas sexys. - Parei ao seu lado no balcão.

- Só umas coisinhas, calçolas enormes e confortáveis, sutiãs de amamentação!- ela sorriu diante da minha expressão. - Estou brincando amor, você não vai me ver com calçolas de vovó. Só quando eu estiver menstruada, mas isso vai demorar um bocadinho.

- Que alivio. - Levei a mão ao coração. - Apesar que calcinhas pequenas ou grandes não me interessam muito. prefiro vê-la sem.

- Que tarado! - Renata riu. - Escolhi lingeries lindas pra você tirar de mim!

- Quero ver quando chegarmos em casa. - Ele apontou para o caixa. - Vou pagar... ou quer escolher mais alguma coisa?

- Acho que por hora é o suficiente. Comprei umas meias de compressão. Vai ajudar com a circulação sanguínea e minhas pernas não ficarão inchadas.

- Está bem... Só falta as botas para neve. - Apanhei o papel da mão da vendedora e fui para o caixa, paguei, apanhei as sacolas das outras lojas.
Renata se juntou a mim na saída e entramos a loja de sapatos. Fiz ela comprar duas botas, uma marron e outra preta com pele de carneiro para manter aquecida. Logo estávamos voltando para casa, com ela comendo Pretzels e o café clássico que eu tinha falado que gostava. Claro que também aproveitei o momento para beliscar daquele pretzel.

- Vamos ver se seu irmão está online. - Liguei o notebook, fiz conexão com o WhatsApp no computador e liguei para ele. - E aí, meu irmão! como você está? - Falei assim que ele atendeu.

Renata voltava do quarto onde tinha deixado todas as sacolas.

- E aí, maninho! Tá aí curtindo a minha irmãzinha meio estabanada? Cara, os meninos ainda riem quando eu digo que a Renata te atropelou com um cachorro!

- Por que contou isso pra ele, Drico? - Renata veio pra sala protestando. - Agora esse mala vai me alugar pro resto da vida!

Dei risada.

- Tenho novidades... desde que cheguei tenho que dar até comida na boca, porque se não a baba escorre! - Levei um tapa no ombro, aí que ri mais ainda. - Cara! Cadé a sua mãe?

- Foi comprar morango pra fazer geléia, disse que amanheceu com desejo e que a última vez que sentiu isso, estava esperando a Renata.

Olhei para Renata achando aquilo engraçado.

- Sua mãe está gravida? - Soei desdenhoso.

- Não, cara! Até zoei ela um pouco, mas ela disse que está com desejo semelhantes a da gestação da minha irmã e aposta que é algo de bom vindo por aí!

- É sim... Vamos esperar que ela chegue para conversarmos todos juntos... Agora me conta como estão as coisas por aí? E o Verdão levou um pau do meu time. - Gargalhei adorando provocar meu cunhado.

- Vai se lascar, Adriano! - Fernando mostrou o dedo pra mim- Relaxa que logo a história vai ser outra. E como estão as coisas por aí? Muito gelo por sinal!

- Cara! Está muito frio aqui. o bom é que logo chegará o verão... Junho... - Revirei os olhos. - Vou ficar entre aqui e o Brasil... Não posso me afastar muito das minhas lojas.

- Tá vendo o que dá se apaixonar? Você só se ferra!

- Eu ouvi isso! - escutei a voz da esposa de Fernando ao longe.

- Viu só? Você perde a liberdade até de fazer piada!

- Deve ser divertido, pelo menos já fez dois filhos e ainda está casado.

- É uma montanha russa! Um dia se está por cima, no outro se está por baixo, mas a emoção é sempre garantida!

- Tenho que ter mais papos assim como este... - Soei brincando e vi a mãe de Renata passando por trás dele. - Acho que sua mãe chegou...

- Cheguei e trouxe picanha pra um churrasco! - ela se pôs atrás de Fernando. - Trouxe morangos lindos, ia fazer uma geléia simples, mas decidi de última hora fazer uma torta!

- Ah, mãe, para! - Renata protestou. - Agora eu fiquei com vontade!

- Minha sogra! Arrume suas coisas e venha para cá com a minha mãe semana que vem. O que acha de ficar aqui um mês com a Renata?

- Ah, qual é, cara? Já quer roubar a minha mãe também? Não basta a minha irmã?

Gargalhei alto, levantei a mão pedindo calma.

- É que a Renata terá um mês agitado de exames e nada como a mãe para ajudar nesse começo de mês de gravidez. - Soltei a bomba emendando um assunto no outro.

- Gravidez? - minha sogra berrou e Nando se encolheu tapando o ouvido direito- Ah, meu Deus! eu vou ser vovó!

- Mãe, você já é vovó! - Fernando protestou.

- É diferente! Você já me deu três netos,do meu pinguinho de ouro é a primeira vez!

- Isso mesmo... Agora é a hora da Renatinha ser mimada pela mãe e pela sogra. Imagina essas duas soltas em Nova York! - Dei risada com Fernando. - E Tem mais... - Apanhei a caixinha no bolso e me ajoelhei entre o sofá e a mesinha de centro onde o notebook estava. - Renata Queiroz! aceita se casar comigo?

Abri a caixinha mostrando as nossas alianças.

- Ah, minha nossa! - Renata deu saltinhos. - Meu amor!

- Sim, sim, sim!

Peguei a aliança de Renata, ajeitei na mão pegando em sua mão direita, olhei para ela Renata e deslizei o anel em seu dedo.

- Com calma escolhemos o anel de noivado, por enquanto é só a aliança, mas uma noiva merece um Tifany COo.

- Desde que eu tenha você poderia ser até anel de latinha!

Sorri para ela e a puxei para mim, a beijei apaixonado, olhamos para a câmera do notebook, todos sorriam contente, minha sogra chorava feliz.

- Não chora! - Pedi rindo.

- Vou já pra esse lugar gelado, cuidar da minha filhotinha e fazer torta de morango pra essa mocinha se empanturrar!

- Vai puxar o saco, Nando riu!

- Vamos fazer o nosso churrasco em comemoração aos noivos e ao meu netinho que está por vir.

- Já vou providenciar o manto palmeirense do meu sobrinho!

- Há! - Tapei o rosto bufando de desgosto. - Fica sabendo que vai virar pano de chão.

- Vivemos em um sistema democrático, o meu sobrinho tem direito de escolha!

- Xiii... Sua irmã fala que é menina! E meninas tomam partido pro lado do papai aqui....


O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora