três meses se passam - H/Voltar

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Renata Quintino

Finalmente era hora de voltar para São Paulo em definitivo. Estava formada, agora era ajudar o meu Estado ou país a crescer.

Parei num café depois de despachar as malas, já tinha deixado Aline a parta da hora do meu voo, ela iria me buscar em Guarulhos no dia seguinte. Estava ansiosa para chegar logo para ver meu futuro marido e minha enteada linda.

- Renata? - Escutei a voz de Adriano atrás de mim.

Revirei os olhos achando que ele iria me cantar novamente, me virei e dei de cara com ele e uma moça de cabelos cacheados. ri achando graça com a semelhança.

- Adriano... Está perdido? - Dei dois beijos em seu rosto. - Oi! - Estendi a mão para a moça que estava com ele, e notei que ela estava gravida.

- Estou morando aqui com a minha noiva. - Disse Adriano. - E não de risada, ela se chama Renata!

Levei a mão a boca, pasma.

- Prazer! - Ela sorriu um tanto vacilante e me estendeu a mão. - Renata Queiroz!

- Meu Deus! - Olhei rindo para Adriano e para ela novamente. - De quantos meses você está? é recente... tá pequena ainda. - Toquei na barriga dela e tirei a mão rapidamente.

- Quatro meses... - Adriano sorriu juntando a moça perto dele. - Olha! Eu quero te pedir desculpas por tudo que aconteceu entre nós e naquele Natal.... Sei que estraguei tudo.

- Não tem nada pra pedir desculpa... Eramos inexperientes... e você encontrou alguém que te completa e eu estou feliz com o Alex. - Sorri amável para ele.

- Foi um fim de ano marcante! - a outra Renata sorriu. - Adriano e eu nos conhecemos depois desse natal. Passamos o final de ano juntos.

- Hum! Está vendo? tem males que vem para o bem. - Dei um soquinho de leve no ombro do Adriano, ele riu.

- Está sabendo que seu noivo brigou comigo só por que achou que estava falando de você.

- É... Fiquei sabendo. - Olhei para minha xará. - Meu noivo morre de ciúmes... e tem um pavio muito curto, espero que um dia possa conhecê-lo.

- Vai ser um prazer! - Renata sorriu e ajeitou os óculos no rosto- Vamos nos casar! -ela disse de modo simples, mostrando a aliança em seu dedo como se ainda se sentisse insegura de algum modo, por minha causa.

- Meus parabéns! - Soei feliz.

- Obrigado! - Adriano disse contente. - A Renata já conheceu seu noivo... ele estava na casa do seu irmão. entramos e comi aquela cozinha com creme que só Aline sabe fazer.

- E acredito que este encontro fez os ânimos do meu noivo se acalmarem! - Cruzei os braços ainda embasbacada com aquela reviravolta. - E quanto se casam?

- Ah, agora caiu a ficha! Você é noiva do Alexandre? Ele é uma simpatia!

- Alguém concorda! - Brinquei. - ele é um doce. Um pai exemplar! Amo a minha Enteada, Duda.

- Logo vocês terão filhos lindos também!

- Vai demorar um pouco... Quero curtir bastante meu casamento. - disse pegando meu café. - Querem café? meu voo só sai dentro de duas horas.

- Vou pegar para nós... O avião da nossas mães está atrasado...

Adriano nos deixou para fazer o pedido dos cafés, olhei para minha chara.

- Estou feliz que Adriano achou alguém que o faça feliz, espero que ele também esteja te fazendo feliz!

- Você não imagina o quanto! - Ela sorriu orgulhosa.

- Vocês estão morando aqui em Nova York? - Achei estranho Adriano aceitar isso.

- Eu tinha de terminar a faculdade! Tudo aconteceu bem rápido entre nós, o Drico me pediu em namoro antes de eu voltar, daí namoramos um tempo a distância até eu descobrir que estava grávida da Analice!- ele voou pra cá,pra ficarmos juntos.

- Que fofo! - Aquilo era tão romântico. - É uma menina?

- Sim! - ela disse convicta e Adriano revirou os olhos. - Não faz essa cara! Eu sinto que é uma menina.

- Isso já foi tema de discussão... E não quer fazer a revelação no ultrassom. - Adriano estendeu o copo de café para ela e nos sentamos.

- Então não foi confirmado? - Falei surpresa, eles eram um casal muito interessante.
Adriano era outro, não o reconhecia mais, acho que jamais o conheci de verdade.

- Discutiu porquê é bobo! - ela deu de ombros.

- Teimosa! Sua mãe vai dar um jeito em você. - Adriano retrucou.

- Estou feliz por vocês... - Sorri amável e encantada. - Cara! Juro que ver os dois assim... Me deixa até orgulhosa de você, Adriano!

- Porque? - Ele olhou para Renata e me olhou rindo. - Porque vou ser pai?
Gargalhamos.

- O Jorge é pai... e ele era o menos provável em ter filhos.

- Tenho que concordar com você! - Tive que rir, meu irmão Jorge era o mais malandro de todos.

- O Jorge me parece bem centrado e feliz com a família, apesar de parecer meio menino também! - ela sorriu.

- Jorge é um homem completamente apaixonado por Aline e é justamente o que você falou, um menino crescido. - Sorri saudosa. - Ele foi quem mais me adotou naquela casa. Ele não saiu do meu lado enquanto seus pais não me levaram pra casa!

- Ah, que máximo! - Renata sorriu. - O Jorge me lembra um pouco meu irmão, Nando! Ele também é molecão, mas é um pai e irmão incrível, zeloso e apaixonado pela esposa dele.

Meu irmão é louco naquela mulher!

- Espero que seu irmão não tenha sido super protetor como o meu.

- Ele não me parece ser assim... Não como o Jorge que nos fez prometer a não namora você. - disse Adriano olhando para mim.

Rimos.

- O Nando era bastante na minha adolescência, mas depois melhorou. E eu admito que gostava do modo como ele me protegia do mundo.

- Realmente é gostoso. - Dei um gole no meu café e olhei o relógio. - Bem! Preciso ir. Foi um prazer ver você, Adriano e um prazer enorme em conhecê-la. Parabéns pelo bebê e felicidades. 

- Obrigado, Renata! E mais uma vez me perdoa pelas merdas que fiz.

Adriano me abraçou forte, vi no olhar da Renata que não gostou, mesmo sorrindo senti uma pontada de ciúme.

- Boa sorte e tudo de bom pra você, Xará!

Renata me cumprimentou com um sorriso.

- Obrigada! Se cuida e cuide bem deste bebê! - A abracei apertado.

- Não duvide disso! - ela sorriu.

Felicidades com o Alexandre!

Apenas Pisquei sorrindo, dei um beijo em Adriano, apanhei a minha mala de mão e a mochila e segui para o portão de embarque, agora era esperar o voo sair.


O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora