Jorge e Aline - 1 ano depois

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Jorge

- Aline! - Chamei ela da sala. - Vamos ou não vamos chegar atrasados para a comemoração... São duas horas daqui a São Paulo.

Já faziam um ano que Renata tinha se casado com Alexandre e hoje, ela iria ser nomeada como vereadora, gravida de quatro meses e meu cunhado estava eufórico com o bebê, que tão pequeno já mostrou que seria um meninão.
Aline estava feliz pelos dois, e melhor, acidentes acontecem e o tal implante não aguentou mais um ano.

- Tô aqui! - ela veio ajeitando a saia lápis no corpo e a camisa branca. - A dieta fez efeito! - ela deu dois saltinhos e tropeçou nos próprios pés assim que os tocou no chão- Ai que droga!

Dei risada.

- Eu achei que iria usar aquele longo preto de renda que te deixa deliciosamente gostosa.

Estendi a gravata para ela por em mim.

- Essa saia era um desafio, e está calor demais pra vestido longo.

Aline passou a gravata pelo meu colarinho e fez o nó.

- Estou animado para o fim de semana com todos aqui em casa. - disse assim que ela terminou de fazer o nós, ajeitei. - Bruno, Tissy, Adriano com sua esposa e o filho... Cara! eu quero muito juntar meus amigos, suas famílias.

Sorri animado pegando as chaves do carro, seguimos para a garagem.

- Eu ainda lembro quando conheci os meninos lá no Guarujá, naquela festa que você fez pra me irritar. O Adriano saidinho falando da minha bunda, o Bruno se insinuando pra mim. Só você que me achava gorda e baixinha.

- Eu não te achava gorda e baixinha... alias, concordo com o baixinha. - Dei risada abrindo a porta do carro para ela.

Fechei e fui ocupar o meu lugar ao seu lado, liguei o carro e a olhei.

- Você já estava louco por mim. Só não admitia!

- Adorei esse Mercedes... Ainda não estreamos o amortecedor. - Pisquei para ela e sai lento com o carro.

- E o que falta pra fazermos isso? - Sorri arteira.

- Tempo... que agora não temos. A Renata é bem capaz de parir antes.

Voei naquela estrada, aquele carro era realmente muito bom.
Nossos filhos estavam com minha mãe na Granja Viana, meus pais não aguentaram muito tempo o calor de Brasília, meu pai agora é Senador de São Paulo.
Aline não sabia do porque estávamos indo mais cedo para São Paulo, apenas disse a ela que teria um coquetel antes da nomeação dos cargos. Eu tinha uma surpresa e sei que Aline iria adorar.
Assim que chegamos próximo ao Ibirapuera, parei o carro num posto de gasolina e a olhei sério.

- Temos uma meia hora... e eu queria te levar num lugar, só que é surpresa e precisa usar isso. - Tirei do bolso uma venda de olhos. - Confia em mim?

- Tá! - Ela concordou com um Okay.

- Tá, então! - Passei a venda em seus olhos. - Está apertado?

- O que você vai fazer Amor? Está ótimo!

- É uma surpresa... - Liguei o carro e segui para a Paulista.

No caminho fui distraindo Aline, conversando e fazendo piadas até chegar ao estacionamento do local onde eu queria leva-la.
Desci do carro e a ajudei a descer.

- Eu vou por um fone de ouvido em você, vai ouvir uma gravação que fiz para você, está bem?

- Nossa! como ele está misterioso hoje! - Ela soou debochada.

O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora