Renata conversa com Aline via Chat

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Renata

Depois que Alex e Duda foram embora, peguei firme nos estudos para não ser reprovada ou ficar em dependência de alguma matéria.

Alex até estranhou a minha ausência direta na internet.

Eu e Aline ficamos praticamente toda as semanas do ano letivo falando ao telefone, até para escolher os doces ela experimentou comigo online, essa parte foi bem divertida.

Nas férias Jorge insistiu para que eu fosse para o Brasil, mas aproveitei para fazer mais um curso de gestão para não ter que voltar depois do casamento ao Estados Unidos.

Não satisfeita, resolvi comprar mais outro vestido de noiva, desta vez um com uma cor diferente, um champanhe mais escuto e rodado para que eu pudesse me movimentar pelo salão de festa.

Jorge alugou uma chácara próximo do condomínio onde iriamos morar, tudo estava correndo perfeitamente até o momento.

- Aline... Eu pensei bem nas flores da igreja. Acho que vou ficar com a primeira opção, véus presos nos bancos e os vasos de vidro com as velas... Eu gostei delas. - Estava andando pela faculdade para ir para a aula, mas precisava falar com Aline.

- E já resolveu quais serão as flores? - ela indagou - Estou ansiosa pra ver você vestida de noiva,indo encontrar meu irmão no altar.

 - Eu estou tão ansiosa! E Duda? você já viu o vestido dela? - Parei abruptamente. - Droga! eu queria tanto ajudar no vestidinho da minha daminha e do meu cavalheiro... Pedro vai ficar a coisa mais linda. Sabe o que pensei? da Nick jogar as pétalas de rosas quando eu entrar... e as Flores pensei em copo de leite ou rosas brancas com vermelhas.

- Goste de copos de leites, são bonitas e rústicas. E pra não ficar tão branco dá pra contrastar com antúrios!

- Pode ser! - Sorri e voltei a andar. - Alex não desconfiou dos nossos planos, não é?

- Ainda não! Está muito preocupado com o trabalho no escritório do seu pai. Agora ele é sócio! Está pisando em ovos!- Aline riu de soslaio

- Há! - Soei indignada. - ele é bom e sabe que é bom e não precisa pisar em ovos. Advogar não tem tanto segredo assim.

- Não? Sinceramente, não sei como meu irmão e meu marido conseguem.

- Jorge tem o brio assim como meu pai... E ele aprendeu isso na marra! - Renata riu. - precisou sentir a lei na pele para tomar rumo.

- Meu Jorginho! - Aline soou nostálgica. - Deus, como eu posso ainda ser tão apaixonada por esse homem? Dizem que o casamento arrefece a paixão, parece que a minha dobrou de tamanho.

- Eu quero ser assim como você daqui alguns anos. - Rimos. - Aguentar Jorge com suas manias e bagunças não é fácil. O bom que agora estão numa casa maior. A bagunça se esconde.

- Posso ser honesta? Mas que o Jorge não me ouça. Eu sinto falta da bagunça! -Aline gargalhou. - É estranho, mas ver os sapatos do Jorge no canto da porta da frente, a gravata largada no encosto do sofá... me dá a certeza de que ele está ali. Sei lá!

- Eu vou contar isso ao Jorge. - Brinquei rindo.

- Não se atreva! Mas...tenho certeza que ele já sabe!

- Não duvido minha cunhada! Agora deixa te falar, marquei minha passagem para daqui a dois meses, me formo e já embarco. O que você acha melhor? fazer uma festa surpresa na nova casa onde eu e seu irmão vamos morar... ou sei lá!!

- Hum! Isso seria fantástico. Aposto que o Alexandre vai ficar todo bobo com a festa na nova casa. E você vai começar a trabalhar assim que acabar de se formar?

O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora