Aline é cantada - Jorge surta

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Segui para a parte dos frutos do mar e além do camarão, apanhei também polvo pra fazer um caldo pra Nick e Pedro, eles adoravam frutos do mar.

- Quem é vivo sempre aparece, né? - ouvi uma voz conhecida as minhas costas e me voltei pra ele. - Aline Viana!

- Quintino! - o corrigi, me voltando pra ele e o abraçando. - Como vai, meu amigo?

- Feliz e surpreso de vê-la aqui! Depois que deixou o Guarujá você sumiu! 

- Pouco tempo de vir pra cá! Mas, e os negócios?

- Estão indo bem! Só sinto falta de vê-la por aqui.

- Está vendo agora!

- Eu digo de tê-la sempre por perto. - ele me dirigiu um olhar lascivo da cabeça aos pés, focando nas minhas coxas. - Desculpa, Aline! Você está casada e eu não devia me sentir assim em relação a você. - ele desviou o olhar pro meu rosto e eu já me sentia desconfortável. - É que, a nossa história foi tão forte!

- Foi, Jean! - concordei com ele. - Mas, no passado...

- É uma pena, porque eu ainda penso em você.

Escutamos Jorge pigarrear atrás de nós.

- Atrapalho? - Jorge estava com as mãos na cintura.

Jean ficou pálido.

- Não é o que você está pensando, Jorge! - Jean tentou corrigir. - Eu só... - ele levou a mão a cabeça.

- Estava cantando a minha mulher. - Jorge chegava alto, os olhos brilhando de raiva. - Aí... Só pra constar. - Jorge se aproximou e falou em inglês. - Ela não gosta mais de pau indiano. Agora é tora brasileira... - Ele deu um tapa forte nas costas de Jean. - Sacou?

Jean engoliu em seco e os seguranças se aproximaram para conter Jorge.

- Está tudo bem! - Jorge levantou as mãos. - Já acabou? Porque se disser que não... Juro que faço um escândalo. - Jorge disse para mim, vermelho como pimentão de raiva.

Eu queria rir daquela situação, mas não podia, Jorge estava possesso e eu já sabia que ia encher o meu saco por eu ter insistido em ir no mercado do Jean.

- Me desculpem o transtorno. - Jean fez sinal para os seguranças se afastarem. - Lamento o constrangimento, Aline! - ele concluiu. - Continuem suas compras!

- Isso... Vai trabalhar, tem muito o que fazer. - Jorge quase foi atrás dele e se voltou para mim. - Ou você larga tudo aí e vamos no extra ou eu juro que te carrego pra fora deste mercado agora.

- Faz isso! - o desafiei e admito que a idéia de ser carregada no ombro por aquele homem gostoso que eu amava, me excitou.

- Tá! - Jorge tirou as coisas das minhas mãos, ordenou que Nicole segurasse na mão do Pedro e ele simplesmente me jogou no seu ombro, me deu um tapa na bunda e saiu comigo pedindo licença pra passar.

- VOCÊ É MALUCO!!! - esmurrei as suas costas. - Eu não acredito que você está fazendo isso. - eu estava morta de vergonha e ao mesmo tempo extremamente excitada.

- Cala a boca! - Jorge me deu outro tapa na bunda e me colocou no chão e antes que os policiais da viatura descessem, ele me agarrou e me beijou apaixonado. - Você devia ter colocado aquele cigano no lugar dele...

- Algum problema, Senhora? - O policial nos abordou.

- Não! - eu quase gargalhei. - Acesso de ciúmes! - sorri, e o policial me encarou com uma certa incredulidade. - Podem ficar tranquilos, senhores! Esse cachorrão aqui só ladra!

O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora