O Inquilino 3 (FINALIZADO)

Alex - Casa errada?

Alex Viana

Eu devia realmente estar sendo uma péssima companhia, pra até minha irmã e meu cunhado me expulsarem. Eu só não estava tão chateado com a situação, porque eu sabia exatamente qual era a urgência daqueles dois em ficarem sozinhos. As crianças logo dormiriam e eles poderiam aproveitar a vontade. Pensei em Renata e no quanto a minha morena me fazia falta.

Seguindo pra casa coloquei o som de Boyce avenue pra tocar no rádio e segui cantarolando.
Eu estava tão cheio e tão cansado, que provavelmente assim que chegasse cairia na cama.
Aproveitei o romantismo da letra pra pensar um pouco na minha Renata, imaginar seus cabelos pretos cacheados, aquela pele de seda, seu cheiro, seu corpo
Merda! Só de pensar nela eu tinha uma ereção.

- Malditos Estados Unidos! - Praguejei antes de estacionar na porta de casa, mal coloquei os pés na porta e uma melodia se fez ouvir vinda de lá dentro, pensei em dar meia-volta e chamar a polícia, mas deduzi que aquilo só poderia ser obra do Jorge. Abri a porta e me deparei com um cenário surreal na minha sala. O ambiente mais parecia uma casa noturna dos anos oitenta.

Com balões vermelhos pendurados, uma máquina de fumaça que deixava um ar meio ébrio, uma música sensual e um poste de polidance no meio da sala.

- Que merda é essa?

Cadê os meus móveis, indaguei pra mim mesmo, me aproximei do centro da sala e apanhei um balão com o meu nome escrito, e uma advertência "Estoure"

Obedeci aquela instrução e um pedaço de papel foi ao chão, me abaixei apanhando e era um bilhete do Jorge.

"SE VOCÊ NÃO VAI AO BORDEL - O BORDEL VEM A VOCÊ"

- Esse cara só pode ser maluco! - eu ri e a música mudou, me voltei depressa na direção do corredor que dá para os quartos, uma mulher maravilha, incrivelmente sexy, veio dançando lá de dentro. - O que o Jorge acha que está fazendo? Eu vou matar aquele cara.

A mulher se agarrou ao poste de poli dance, fazendo um número sensual. Observei que ela não fazia o poste de puleiro, mas aquela bunda rebolando para mim era difícil de não olhar. Ela jogava os cabelos lisos para lá e para cá, conforme dançava.
Então ela se soltou do poste e veio para o meu lado. Passou a alisar o meu peito, descendo pelas minhas pernas. Suas mãos foram para o meu botão da calça, pronta para abrir minha calça e ter acesso a minha ereção que lutava para não ter.

- Não, moça, para! - o cheiro dela me desconcentrava porque era o mesmo perfume da Renata. - Não faz isso! - me afastei depressa e fui até a porta. - Por favor, vá embora! Eu sou noivo! - suspirei longamente, me senti traindo a Renata só por desejar aquela morena a minha frente, mas eu estava tão carente.

Ela riu voltando para o poste de Poli dance, se agarrou nele voltando a dançar.
Se virou para mim e num puxar ela tirou a parte de cima da fantasia, ficando apenas com a minúscula calcinha preta e botas de salto alto e cano longo.
Fez sinal para eu ir até ela e apontou para outro balão que flutuava.

- Puta que o pariu! - Passei a mão na cabeça. - Eu vou matar o Jorge! - meu pau latejava de tão duro, mas eu não ia transar com uma desconhecida, eu tinha uma mulher. - Olha, eu volto outra hora. Você pode ficar a vontade pra se arrumar.

Eu estava pirando, só podia. Porque os seios durinhos e a curvatura daquele corpo eram idênticos ao da minha morena.

A morena correu para me impedir de sair da casa, passando a chave no trinco e a tirou da fechadura e antes que eu pudesse pegar, ela enfiou dentro da calcinha.

- Vai ter que tirar daqui! - Ela disse rindo, correndo para o corredor que dava para os quarto.

- Perai! - "aquela voz" não era coincidência. Corri até ela e a puxei pra mim, tocando sua boca num beijo quente, gostoso, a prensei na parede e fiz sentir minha ereção - Não é o que você quer? - sorri e afundei o rosto em seu pescoço. - Duas mulheres podem até ter o mesmo perfume, o mesmo tipo de corpo, mas a mesma voz? Não! - sorri e a beijei novamente, arrancando sua máscara, encarei seu rosto e a beijei novamente, saudoso, apertando sua bunda.