Conhecendo Andrea

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Escutar tudo aquilo não foi fácil. Covardia era o nome do que o rapaz havia praticado.
Acariciei os cabelos de Renata, beijei demoradamente deixando que ela chorasse.

- Sinto muito, Renata! Eu não sei nem o que falar, mas você não é a primeira que ele descarta uma gravidez. espero que você nunca deixe que se aproxime de você novamente. - Soltei o ar chateado. - Melhor sozinha do que mal acompanhada. O ditado é popular e verdadeiro.

- Sozinha? - ela sorriu fraco, tentando demonstrar algum humor.
- Você entendeu o que eu quis dizer. - A apertei nos braços.

Renata apenas sorriu e acarinhou meu rosto.

- É bom poder confiar em alguém de novo.

- Ainda bem que passo confiança depois de 8 meses sem nos ver.

- Não me lembra desses meses de angústia!

Ronronei manhoso.

- Não vamos falar sobre isso.

Fomos conversando baixinho durante o voo até o aeroporto da Argentina.
Assim que descemos, já puxei o celular e liguei para o motorista da minha mãe que nos aguardava do lado de fora para nos levar para o apartamento.
Assim que saímos, vi Ismael nos procurando próximo do carro. Puxei Renata e Estela para me seguir.

- Ismael! - Me apresentei.

- Bem vindo, Adriano. - Nos abraçamos ele estava sorridente.

- Está é Estela a mãe de Renata. - Apresentei as duas.

- Muito prazer! - Ele apertou a mão das duas e não sei por que, mas senti que rolou uma clima entre Ismael e Estela.

- Está frio aqui... - Abri a porta do carro e empurrei Renata para se sentar no carro.
- Aqui esfriou bem. - Ismael guardou as nossas malas no porta malas.

- Ainda bem que eu trouxe roupa de frio pra Renata!

- Mãe, por favor...

- Você sequer lembra de levar o casaco quando vai pra faculdade.

- Como você pode saber disso, minha mãe?

- Eu sou mãe! Eu simplesmente sei!

- Se sua filha não levar casado para universidade... ela morre congelada. - Gargalhei adorando aquela super proteção com Renata. - Sogra! Fique tranquila. Renata está se cuidando muito bem.

- Não vejo a hora dela acabar essa bendita faculdade e voltar pra gente.

- Concordo! - Olhei para a Renata. - Eu acho bom você pensar em voltar.

- Gente, eu vou voltar, meu Deus que drama!

Até Ismael deu risada com a forma que Renata disse.

- Assim espero. - dei um beijo rápido nela.

Seguimos pela cidade e eu fui falando sobre os pontos turísticos que passávamos até chegar ao apartamento de mamãe.
Ismael entrou na garagem e estacionou na vaga. Ajudei Estela a descer e Renata.

- Chegamos.

- Eu estou nervosa!

- Não fique, filha. Você é adorável!

Segui com as duas para o elevador, entramos e acionei para irmos até 15° andar. O silêncio se instalou até o elevador parar.
Assim que abriu, minha mãe estava parado na porta, linda como sempre, bem maquiada e vestida, sorrindo feliz em nos receber.

- Sejam bem vindas! - Mamãe abriu os braços.

- Olá! - Renata sorriu tímida, parecendo buscar onde se esconder.

O Inquilino 3 (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora