Raimundo

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Depois de muita conversa e zoação da Maiara e do André, finalmente ficamos prontas. Já era quase 20h30 quando saímos de casa. Depois de muita insistência da Maiara, resolvi ir no carro com ela e com Luiz, eu queria ir com o meu carro, mas queria beber também, então acabei cedendo.
Depois de quase 20 minutos de estrada até a fazenda de João, finalmente chegamos. Tinha muitos carros já ao redor da casa. Não entendia o por quê, mas minhas mãos estavam geladas, algo me dizia que alguma coisa aconteceria nessa festa hoje.

Logo na entrada já avistei Marília, ver ela lá aliviou um pouco o que eu estava sentindo. então entramos, cumprimentei uns amigos das antigas e fui na bancada de bebidas. Começou a tocar minha música favorita, eu não consegui me conter, virei e fui para pista.
Automaticamente virei meu rosto pra direita pra ver se conseguia vê Maiara ou André, não achei ninguém. foi quando voltei a olhar para frente e vi ele lá, Raimundo....estava feliz, se divertindo com seus amigos. confesso, acabei ficando mal por dentro, perdi totalmente a vontade de dançar, de curtir...sai da pista e sentei na mesma bancada de bebidas, olhei pra Thomás (o garçom) e pedi que me trouxesse uma bebida bem forte.

Thomás: vai devagar, tá princesa! - ele brinca -

Mara: sempre. - ri -

~João~

Até agora tudo correndo bem, mas nunca se sabe. essa noite eu não vou beber demais, uma coisa impossível mas vamos tentar. fui em direção a bancada de bebidas quando vi Maiara e Luiz e decidi ir até lá...

Mai: olha ele - ela fala ainda abraçada com Luiz -
João: oi nanica tudo bem com vocês aí? Atrapalhei o casal?

Luiz: que nada - fala ainda sem tirar seus braços de Mai -

João: que bom - desviei meu olhar pra direita e avistei Maraisa sozinha na bancada do bar -  Ué, o que houve com a Maraisa? - pergunto já preocupado, pois ela estava cabisbaixa -

Maiara: não sei, ela tava bem quando a gente chegou...eu vou lá - João interrompe -

João: deixa que eu vou - me despeço de Mai e de Luiz e vou em direção a Maraisa. me sento do seu lado e a olho -  oi, Mara. Tá tudo bem?- lhe dou um beijo no rosto como sinal de cumprimento -

Mara: oi João, tô sim....pq? ... - solto um meio sorriso. -

João: tá com uma cara tristinha... te deram alguma coisa diferente hoje? tá doente?

Mara: bobo - olha em direção a Raimundo e João acompanha seu olhar - não sabia que Raimundo estaria aqui...se eu soubesse, nem tinha vindo. - já abalada deixa uma lágrima cair -

João: ei Mara! calma....mas, não entendo essa sua reação, vocês não terminaram ? - limpo suas lágrimas e seguro sua mão -

Mara: terminamos sim...mas, ainda é estranho vê-lo e não ter ele do meu lado...sei lá, eu realmente pensei que havia superado! - ela me olha cabisbaixa -

João: eu nem sei o que te dizer... vem, vamos lá pra fora, e você me conta o que tá sentindo, quem sabe eu possa pelo menos te consolar ou algo do tipo. - ela ri e eles saem pela porta atrás da bancada, que dava direto até o lado de fora, onde tinha uma piscina e um banco ao lado de duas árvores, que escondia quem estivesse ali. eles seguiram até lá -

João: Me fala o que tanto tá te machucando aí dentro. - ele segura novamente sua mão -

Mara: me abraça? esse papel é da minha irmã - ri - mas, como é você que tá aqui. - sem pensar duas vezes ele a abraça, dando conforto e a deixando soltar um mar de lágrimas que tanto segurava -

Mara: eu amei ele de verdade, acho que ainda amo, mas não dá sabe? - apenas limpa suas lágrimas e continua abraçada a João -

João: olha, se você ama, insistir é sempre bom....mas olha pra mim - ela limpa novamente suas lágrimas, senta em postura e olha pra ele - faz somente o que seu coração mandar tá? não faz porque estão falando ou forçando, isso é uma escolha sua!

Mara: esse é o problema, eu não sei o que o meu coração quer. Uma hora ele tá bem, decidido que ter terminado com o Raimundo foi a decisão certa. outra hora ele me diz que eu devia lhe dar mais uma chance por ainda o amar...sinceramente acho que ele está me pregando mais uma peça, como de costume. - eu dô risada e ele me olha com carinho. - eu posso te pedir uma coisa? -

João: claro, Mara. - ele sorri -

Mara: fica aqui comigo? não quero voltar lá pra dentro, e ficar sozinha - solto um meio sorriso -

João: fico sim kkkk nem precisa fazer essa cara de cachorrinho sem dono não... - eu rio juntamente com ele -

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