Pessoa certa

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Depois que nos despedimos da Marília, seguimos para o carro de João. Fomos o caminho inteiro conversando.

Fazia muito tempo que eu não conversava com ele, e estava sendo ótimo, senti saudades.

Quando ele chegou na porta da minha casa, despencou uma chuva terrível. Era perigoso dele ir pra casa assim, acabei que convidei ele pra entrar, pelo menos até que a chuva parasse.

João: Não vai te incomodar, Mara? – ele me encara. – Nem é tanta chuva assim... – ele olha pra fora e da risada.

Maraisa: Claro que não, João! – eu sorrio. – Vai ficar sim, e pronto! Já pensou você pegar a estrada e sofrer um acidente?...nada disso, entra aí! – abro a porta e dô espaço pra que ele entre.

João: Sim senhora, dona Maraisa! – ele faz posição de sentido, e eu dô risada.

Maraisa: Quer beber algo? Uma água? – ando em direção à cozinha.

João: Pode ser uma água. – ele me acompanha, e se senta na cadeira, enquanto eu servia a água num copo. – Maraisa? – ele me olha.

Maraisa: Sim? – me viro pra ele.

João: Você sonha em ser mãe...casar, ter uma família? – ele me olha e sorri meio sem jeito.

Maraisa: Ah João...sonho, né? – eu me sento na cadeira a sua frente. – Sempre quis casar, ter filhos... – me perco na minha imaginação. – Mas acho que isso vai demorar pra acontecer... – solto um sorriso e desvio meu olhar. – Não encontrei a pessoa certa, ainda. – eu o olho e bebo um pouco da água. – Mas e você?

João: Ah meu sonho é ser pai. – ele sorri. – Amo criança demais...! – ele me olha e bebe um pouco da água. – Mas como você, acho que vai demorar ainda! Tive um casamento complicado, tanto que me separei...agora achar a pessoa certa, é o mais difícil! – ele me olha e solta um sorriso lindo.

Maraisa: Ôh se é... – sorrio de volta pra ele e bebo um pouco da água.

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