Goiânia

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Depois de quase 1 ano fora, o dia de voltar para o Brasil finalmente chegou.
Só Deus sabe o quanto era bom saber que em poucas horas eu já estaria na minha casa, e estaria novamente perto da minha mãe.

Todo esse segredo da existência de Isabela estava me sufocando, mas eu teria que aguentar isso por mais um tempo.
Eu e Maiara iríamos em voos diferentes, pelo fato de que separadas não chamaríamos atenção.

Eu estava com o cabelo amarrado, um boné e um óculos escuro. Carregava minha filha em meus braços e ao meu lado estava um segurança.

Foi assim que desembarquei no Brasil.
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"O que eu não sabia é que havia alguém no aeroporto que consequentemente me reconheceu e tirou uma foto minha com Isabela nos braços, sem eu perceber. Isso certamente me trará uma grande dor de cabeça futura, mas vamos deixar pra falar sobre isso mais pra frente, e dessa pessoa também."
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Acabei seguindo até a porta do aeroporto, e como eu havia chego antes que a Maiara, decidi pegar um táxi, e seguir até a minha casa, estava exausta e precisava trocar a fralda de Isabela.

Decidi então ligar pra minha mãe, já estava na hora de eu contar tudo à ela. Eu sabia que no começo ela ficaria decepcionada por eu ter a escondido a existência de minha filha, mas ela era minha mãe, certamente iria me perdoar.

"Alô...mãe?" - "Oi minha filha....como você está?" - "Eu to bem, e a senhora?" - "Tudo bem..." - "Acabei de chegar no Brasil, preciso muito te contar uma coisa.." - "Já chegaram?? E como assim não me disseram nada? Eu poderia ter ido pra Goiânia" - "Justamente sobre isso mãe, o que tenho pra te contar precisa ser pessoalmente. A senhora conseguiria vir pra cá?" - "Maraisa, pq eu sinto que você está me escondendo algo?" - eu na hora fiquei sem fala, não sabia o que responder a Dona Almira. Não sabia se eu falava toda a verdade pra ela no telefone, ou se esperaria ela vir até aqui. - "Esse silêncio já respondeu tudo. Amanhã cedo estarei aí, filha. Boa noite, fique com Deus" - "Boa noite mãe, a senhora também"
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Eu logo adentrei minha casa, amamentei Isabela, e esperei Maiara chegar pra me ajudar a improvisar um berço para ela dormir. Quando saí daqui não tinha nem noção de que eu teria uma filha, ou seja, não tinha nada pra ela aqui. O que eu tinha mesmo era o que havia comprado nos EUA. Amanhã cedo sairia com a Maiara pra comprarmos suas coisas, vou aproveitar que minha mãe vai estar aqui pra me ajudar.
Ainda não sei como será sua reação ao saber da existência da minha filha. Mas sei que ela ficará feliz, ser avó sempre foi o seu sonho assim como o meu ser mãe.

As horas se passaram e Maiara finalmente chegou. Ajeitamos uma caminha pra Isabela, e pedi a ela que cuidasse dela enquanto eu tomava um banho e preparava algo pra nós comermos.

Tomei um banho, dei uma olhada em Isabela e me encaminhei até a cozinha.

A dispensa estava completamente vazia.

– Ops, acho que esqueci desse detalhe! - faço uma expressão de decepção e noto quando Maiara se aproxima.

Maiara: O que foi, Maraisa? - ela fala me olhando.

– A dispensa tá vazia! - eu começo a rir. – Tu ficaria cuidando da Bela enquanto eu dô um pulinho ali no mercado?

Maiara: Claro que eu cuido, irmã. - ela me olha. - Mas você não prefere que eu vá? - ela faz uma carinha e eu a questiono.

– O que foi, Maiara? - eu a olho. - Tá com medo que eu esbarre em alguém, vulgo João, no mercado? - ela me olha e eu entendo tudo. - Não se preocupa, irmã. Eu vou justamente naquele que não tem possibilidade alguma de eu o encontrar. Ainda mais numa quarta-feira à noite.

Maiara: Não por isso, irmã... - eu a encaro e solto um sorrisinho. - Tá, é por isso também. Mas não só por isso! Vai que a Bela acorde e queira você?! Sabe que não levo muito jeito com criança! - eu começo a rir.

– Fica tranquila, Mai. Ela acabou de dormir, não vai acordar tão cedo. - eu tento a acalmar. - E se acordar, embala ela que ela logo dorme. Ela é super tranquila, não tem com o que se preocupar! - eu continuo rindo quando Maiara faz uma cara de espanto.

Maiara: Tá bom, tá bom. Mas vai rápido! - eu apenas concordo com a cabeça, dou um beijo em seu rosto, pego as chaves do carro e vou em direção a garagem.

Era tão bom estar em casa. Andar nas ruas de Goiânia e ser tudo tão familiar. Eu amei morar um tempo nos EUA, mas Deus, como eu sentia falta desse calor do Goiás!

Oi amores, desculpa o sumiço!
Me contém nos comentários o que estão achando da Fanfic!
Deem estrelinha também, é super importante pra mim!!!

Beijos, fiquem cm Deus!

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