Acordei bem cedo no dia seguinte, mesmo tendo dormido muito mal por culpa da Clarice que me acordava de 3 em 3 horas.
Christian estava se arrumando pra ir no cartório.- tem certeza de que quer registrar ela?- perguntei.- porque tipo, você vai ter pra sempre uma garota com o seu nome... Ela vai ser sempre a sua filha, perante a lei, mesmo que esteja longe...
- Eu sei disso, Ali...- olhou pra mim e deu um leve sorriso.- eu quero fazer isso, tá bom? Eu sei o que vem pela frente com relação a paternidade dela...
- Eu só acho que deveria pensar bem...
- já pensei bem, ok?- disse enquanto penteava o cabelo.
- Tá...
- Amanhã eu vou receber as moças que ligaram querendo o cargo de babá.- falou.- quer estar presente nas entrevistas?
- Eu sei que não tem obrigação nenhuma com a Clarice, mas se importaria se eu deixasse por sua conta?
- Primeiro, eu sou o pai dela. Segundo, não me importaria, amor...
- obrigada.
- já vou indo. - me deu um beijo, pegou a pasta com nossos documentos e saiu.
Levantei da cama, fui pro banheiro, fiz minhas higienes e fui pro quarto da Clarice.
Ela estava acordada, tentando colocar em ordem todo o embaçado que via a sua volta.
- Oi bebe... Já quer mamar?- perguntei retoricamente pegando ela do berço.
- quando você vai chamar ela de filha?- Nicole apareceu na porta.
- quando eu sentir de novo que ela é minha filha...
- então você já sentiu?- perguntou animada.
- por alguns poucos instantes quando amamentei ela pela primeira vez...Depois não consegui mais..
Me sentei na poltrona pondo o seio para fora da blusa e levando Clarice até o mesmo.
- Ela não tem culpa... É só um anjinho...- falou.
- Eu sei... Mas controlar os próprios sentimentos não é uma coisa fácil.- falei olhando para ela.
O telefone começou a tocar. Nicole correu até lá em baixo pra atender. Depois de alguns instantes voltou toda alegre dando berros.
- Ali! É o Dylan...- falou entrando correndo no quarto.
Meus olhos se arregalaram.
- me dá esse telefone aqui!- falei.
Ligação ok:
- Dyn...- o chamei.
- To aqui coisa chata!- falou me fazendo rir e chorar ao mesmo tempo.
- porque você sumiu? Porque não deixou contato nenhum pra gente te ligar e porque só nos ligou depois de tanto tempo?- perguntei toda embolada.
- imprevistos, Ali... Nada que deva se preocupar... Eu vou te passar o meu número e a gente vai poder conversar bastante!
Levantei com cuidado, peguei um papel e uma caneta.
- me passa então.
- 9xxxx-xxxx
- já anotei. E como está a Lia? Tá grande? Saudável?
- sim, está tudo isso é mais um pouco... Lá no Colégio ela tem um monte de amigas, todo final de semana é uma amiga diferente que dorme aqui. - riu.- o Colégio é bem puxado, mas pelo menos eles liberam a saída dos alunos nos finais de semana e assim ela pode se divertir aqui fora um pouco e deixar as preocupações com as notas de lado.
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Consequência de um estupro - Concluído
RomanceAlina era cheia de sonhos. Pretendia se formar em direito, se casar com seu namorado tao desejado, criar uma família com ele...mas todos os seus sonhos foram destruídos em apenas uma noite. Uma fatídica noite, onde um desconhecido qualquer arrancou...