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Uma semana depois:

Alina

Ultimamente eu tenho estado bem cansada. Só o que eu tenho é vontade de ficar deitadinha na minha cama bem quietinha.
Minhas costelas ainda doem de vez em quando, mas quando fui ao médico, ele disse que até os seis meses pós acidente ainda era possível que eu sentisse algumas dores.

Você pensa que a Karen se aquietou? Que nada!
Todos os dias a lindinha liga pra encher o saco dizendo pro Christian ligar pra clínica e ver se o exame já está pronto.
Qual a parte do "um mês" que ela não entendeu?

Christian havia saído para trabalhar. Hoje ele tinha que ir.

Eu estava deitada no sofá da sala vendo netflix. Quando a campainha toca.

Abro a porta esperando que seja a Karen, mas não era.

- Olá...- falei vendo um homem moreno, de olhos pretos, alto, vestindo terno e segurando uma pasta social.

- Você é Alina Kovalenko?- perguntou dando um falso sorriso de leve.

- quem é você, primeiramente?- perguntei fechando um pouco a porta.

- Meu nome é Marcos.- disse.

- o que procura?- perguntei.

- Eu queria apenas saber se é aqui onde Alina Kovalenko mora...

- o que você quer com ela?- perguntei seca.

- assunto particular...

- e ela sabe sobre esses assuntos?- tentei engana-lo.

- sim... Ela sabe...

Bati a porta na cara dele e o mandei ir em bora.
Passei a chave na porta e tranquei as janelas. Só por garantia...

O que ele queria comigo? Homem doido! Alguma coisa seria deve ser... Mas prefiro deixar de lado.

Logo assim que me deito novamente no sofá, a campainha toca outra vez.

- Ah, que merda! Não tem mais o que fazer?- resmunguei baixo.

Olhei pelo olho mágico e vi que não era o tal de Marcos, era Karen. Tava demorando.

- o que você quer, garota?- perguntei sem abrir a porta.

- Ali! Me ajuda!- pediu chorando.

Em um ato impulsivo abri a porta.

Ela estava com as pernas sujas de sangue. Seu vestido estava com a barra completamente vermelha.

- me ajuda!- pediu outra vez desesperada.

Ajudei ela a andar e a sentei no sofá em cima de algumas almofadas.
Liguei para a ambulância.

- o que tá acontecendo?- Nick perguntou descendo as escadas.

- Eu não sei!- falei desesperada sem saber o que fazer.

- Meu bebê, Ali... Não deixa o meu bebê morrer!- pedia chorando.- não deixa o meu Lucas morrer!

Depois de alguns minutos com o pânico espalhado pela sala, a ambulância finalmente chegou.

Eu a acompanhei até o hospital.

Chegando lá, ela foi direto para uma cesariana de emergência.

Consequência de um estupro - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora