HELENA CARTERAcordei naquela manhã de segunda-feira, me levantei com preguiça e fui ao banheiro, escovei os dentes e tomei banho. Quando vestia minha roupa percebi hematomas pelo corpo.
Terminei de vesti a calça jeans e coloquei uma jaqueta, passei uma maquiagem simples só para disfarçar as olheiras, peguei minha mochila e desci.— Bom dia, pessoas!— digo e me sento.
— Bom dia, filha!— mamãe responde.
Como em silêncio mexendo no celular olhando os comentários da foto que postei ontem. Recebi várias mensagem de garotas que também tinham leucemia ou outro tipo de câncer e enfrentaram a mesma coisa que eu: raspar o cabelo.
Mensagem de Elisa Mendes: Oi Helena, eu também tenho leucemia e quando comecei a quimioterapia meus cabelos caíram também, eu sempre tentava esconder mas depois de ver a sua foto comecei a enxergar que posso sim continuar bonita e ser vaidosa sem os cabelos. Obrigada!
Era bom saber que motivei pessoas a enxergarem o quanto continuam bonitas com ou sem os cabelos. Respondi Elisa e também outras garotas e quanto terminei insisti para meu pai me emprestar o carro dele.
— Por favor, eu levo Anna para a escola.— falei.
— Mas eu vou precisar do meu carro.
— Eu preciso de um carro, fica a dica para meu presente de aniversário na quarta.
— Você sabe que não temos dinheiro para comprar um carro agora!— mamãe diz. Revirei os olhos concordando.— Mas eu te empresto meu carro hoje.
Comemorei.
— Vamos pirralho!— digo e pego as chaves. Eles despedem e minha mãe fala várias vezes para mim ter cuidado e ir devagar.— Relaxa, aqui é piloto de fuga!
Entro no carro e liguei o som em uma música animada.
— Eu não quero ir com você, sou muito nova para morrer!— Anna resmunga entrando no banco de trás.
— Então desce e vai a pé sozinha!— falo e ela coloca o sinto de segurança reclamando.
Quando chegamos na escola, estacionei o carro e encontrei Noah e Melina se pegando no estacionamento.
— Meu Deus, de agarração logo cedo?— digo e eles se soltam assustados.
— Bom dia para você também, Lena!— diz Noah ri.
— Ótimo dia!— falo e eu e John fomos para a entrada principal, ele foi para sua sala e eu peguei uns livros no meu armário.
— Oi!— diz Alice e Henrique chegando.
— Oi!— sorrio.— Vamos pra sala!
Já estava na terceira aula, não aguentava mais ouvir a professora de física, quanto mais tentava entender aquela merda de fórmula mais eu me complicava. Isso não é de Deus!
Tentava fazer os exercícios que a professora passou quando uma gota de sangue molhou a folha do caderno, rapidamente levei a mão no nariz e vi minha mão com sangue. Fechei o caderno e sai de sala sem pedir permissão, fui rápido para o banheiro ainda com a mão no nariz. Quando olhei no espelho vi o sangue escorrendo, lavei o nariz e o rosto também.
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Para Sempre Ao Seu Lado
Любовные романыHelena Carter, 17 anos, mora com os pais e os irmãos em New York. Sempre foi uma garota com personalidade forte, não tem uma relação muito boa com a família, mas acredita que com os amigos e o namorado pode recompensar a ausência da mãe. Quando tud...