=Capítulo 4=

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HELENA CARTER

Saio andando pelas ruas vazias, a cada "remada" que eu dava no skate sentia o vento fresco bater em meu rosto e fazendo meus cabelos vermelhos voarem. Era fim de tarde e o céu estava meio rosado e alaranjado. Vi uma pista de skate que estava bem movimentada, resolvi parar. Avistei rostos conhecido e queria ver de perto.

— Marcos? Lívia?— pergunto e os dois me olham assustados.

— Helena, o que você está fazendo aqui?—pergunta Marcos e seu olhar de preocupação me assustou.

— Vim andar de skate ou não posso também?—digo pois sua voz deu a entender isso.

— Claro que pode, mas eu estranhei, você falou que ia estudar na casa da Alice.

— E o que vocês estão fazendo aqui?— pergunto e eles se entre olharam antes de falar algo.— Onde está o Noah, Lívia?

— Ele...ele está com um amigo e eu não queria atrapalhar.— ela diz gaguejando, isso não me convenceu muito, mas cada um com a sua vida.

— E você Marcos, não estava com seus primos?— pergunto ele novamente olha para a Lívia antes de falar.

— Eles já foram embora.— ele diz e novamente tenho a sensação de que aquilo não é verdade.

— E estão juntos aqui fazendo o que?— Juro que isso não é ciúmes, mas isso está estranho e não me convenceu nem um pouco.

— Er... eu estava passando aqui e vi a Lívia sozinha tomando sorvete e vim conversar com ela.

Me sento ao lado deles e só então Lívia se afastou um pouco de Marcos, vi que eles estavam próximo de mais, não é ciúmes, juro. Beijo o pescoço de Marcos e ele fica sério, distribuir beijos até a sua boca, onde mordi o seu lábio inferior e dando início a uma beijo, porém ele não retribuiu.

— O que foi, Marcos?— pergunto quando me afastei dele.

— Nada.—  diz seco.

Porra,  está acontecendo algo muito estranho aqui, os dois estão agindo estranho, estão quieto, sérios e meio perturbados.

— Eu não estou afim de ficar de vela então vou embora.— diz Lívia se levantando.— Beijos.—ela diz e sai.

— Por que está assim comigo?— pergunto e ele continua sério.

— Não é nada, Helena.— Agora é oficial, está acontecendo alguma coisa aqui e só eu não sei o que é, mas ainda vou descobrir o que é. Ele me chamou de Helena, foi seco comigo, não retribuiu meu beijo, não foi me ver na enfermaria e nem se preocupou.

— Olha só, Marcos, se tiver acontecendo alguma coisa pode me contar, tudo bem?— digo já alternado o tom de voz.

Eu tenho o dom de ser grossa mesmo quando eu não quero.

— Eu já disse que não é nada Helena, você está insistente hoje, chega até a ser chata.

— Ah agora eu que sou chata né? Eu só estou dizendo que você está diferente.

— Eu sou o mesmo, Helena, você que fica com paranóias.

— Olha só Marcos, está até gritando comigo.—disse me levantando do banco e o encarando.

— Eu estou falando normalmente com você, já você que está gritando.

— Eu vou embora, pois não quero me estressar mais do que já estou, depois a gente conversa.— digo com o tom de voz um pouco mais baixo do que antes.

— Ok, vai lá e lembra de quando sair de casa deixar esse seu estresse e ter mais paciência.— antes de da as costas para ele mosto o dedo do meio e pego meu skate, tive que me controlar para não dá na cara desse idiota. Nem parece o mesmo garoto romântico e engraçado pelo qual eu me apaixonei. Esse se parece mais com um ogro do que com o meu namorado.

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