=Capítulo 58=

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HELENA CARTER

Ainda estava abalada com tudo que aconteceu, tentava processar tudo que tinha acontecido. Na minha cabeça, eu via tudo outra e outra vez. Quando Rebecca me levou de volta para o quarto eu estava trêmula, mamãe não estava, devia ter ido a algum lugar.

—- Helena, se acalme, vou já volto.— ela disse e saiu logo depois.

— O que houve, menina?— Amélia perguntou.

— Eu fui ver o Isaac.

— Ele tá bem?

— Ele quase morreu nos meus braços...— falei gaguejando.— Eu sei que o tempo de Isaac é curto, mas eu só queria mais tempo com ele.

— Eu também quero mais tempo com o Edgar. Você acredita que 60 anos não são suficientes?— Amélia disse e eu tentava me conter para não cair no choro mais uma vez. — Fique do lado dele enquanto há tempo, aproveite o tempo que lhes resta.

— Oi. Oi, minha filha. Você tá bem?— fala mamãe entrando no quarto com Rebecca.

— Estou bem, vou ficar.— ela sentou na cama me abraçando.

— Foi só um susto!— Rebecca disse pegando minha mão. — Você ainda tá muito nervosa, vou te dar uns calmantes, você vai ficar um pouco sonolenta, mas depois vai acordar ótima.

{•••}

Acordei na manhã seguinte com a movimentação do hospital. Amélia já estava acordada, Edgar estava com ela, mamãe folheava uma revista. Me sentei na cama esfregando os olhos.

— Bom dia!— disse e os olhares foram para mim.

— Bom dia!— Amélia e Edgar disseram juntos.

— Bom dia, meu amor!— mamãe disse beijando minha testa. — Está se sentindo bem?

— Estou um pouco enjoada!— falei.

— A mãe do Isaac esteve aqui, Raquel o nome dela, né?

— Faz muito tempo?

— Uma hora mais ou menos.— mamãe falou.

— Ela deu notícias de Isaac?

— Não, acho que ela apenas veio ver você. —disse ela. — A enfermeira deixou seu café, você quer?

— Não, se eu comesse colocaria tudo pra fora em dois tempos.— mamãe sorriu passando a mão na minha cabeça.

— Você acordou, bela adormecida!— papai falou entrando no quarto com dois cafés e Donuts. Anna e John vieram logo atrás trazendo um buquê de girassóis.

— Meus pirralhos prediletos!— falei quando me abraçaram.

— Somos os únicos!— Anna disse.

— É verdade! Eu amei esse buquê.

— Eu que escolhi.— Anna sorriu.— Sabia que ia gostar, papai e John iriam trazer orquídeas, mas eu disse você gostava de girassol.

— E acertou. Obrigada, Anna banana!

Eles ficaram um bom tempo comigo no quarto batendo papo. John me contou que Mike foi atrás dele e que os dois voltaram, dessa vez mais sério do que nunca. Anna falou da que sua amiguinha Ella, foi lá em casa brincar e ficou até de noite. Papai e mamãe conversavam com Amélia e Edgar.

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