Para Sempre Ao Seu Lado

=Capítulo 39=

HELENA CARTER

Era segunda-feira de manhã, estava frio e nublado. Eu não ia a aula, queria ir ao funeral de Lily.

Coloquei um vestido preto e um sobretudo da mesma cor, coloquei um lenço, passei uma base, preenchi as sobrancelhas com lápis e passei um batom claro.

— Está pronta, querida?— mamãe pergunta.

— Sim!— descemos e tomei um suco. Anna me deu uma rosa que pegara no jardim da mamãe.

— É para a Lily!— ela diz, sorri para ela e sai de casa.

Entro no carro e mamãe começa a dirigir, encosto na janela e fico olhando a pulseira que Lily me deu. Quando chegamos ao cemitério encontrei Rebecca e alguns funcionários do hospital, não havia muita gente, apenas os mais próximos de Lily.

— Lily ficou tão feliz por ter ido à praia, obrigada por tudo que fez a ela.— Rebecca diz e me abraça.

— Eu amava tanto ela...— digo e algumas lágrimas rolaram.

— Sinto muito...— Rebecca diz e chora também.

O padre falou algumas coisas que não prestei atenção, só conseguia olhar para aquele caixão e pensar que ela nunca se apaixonaria, nunca ia aprender a andar de bicicleta nem daria seu primeiro beijo, não saberia como é namorar e nunca iria para uma faculdade. Lily era encantadora e cativou muita gente com sua doçura. Ela se tornou minha amiga e uma irmã para mim.

Vi Isaac chegando, ele cumprimentou algumas pessoas e depois me olhou com aquele olhos verdes, que estavam tão tristes e cansados.

Caminhei até o caixão e coloquei a rosa que Anna me mandou trazer, coloquei também a minha rosa branca para que ela pudesse descansar em paz.

—'Obrigada pro ter sido essa garota extraordinária, eu nunca vou esquecer você!—falo e algumas lágrimas escorreram, minha mãe coloca a mão em meu ombro e eu a abraço.

Quando estava indo embora fui me despedi de Rebecca, que por coincidência estava ao lado de Isaac.

— Eu já vou!— falo e abraço Rebecca.

— Obrigada por ter vindo!— ela diz.

Olho para Isaac e não sabia o que fazer, uma senhora chama Rebecca e fica apenas eu e Isaac.

— Lily me disse que encontraria a mãe.— digo e Isaac sorri para mim.— Ela me deu essa pulseira antes de ser levada para a sala de cirurgia.

Mostro a pulseira.

— Não sei o que vou fazer sem ela.— ele confessa baixinho.

— Só queria mais tempo para me despedir!—digo e ele concorda.

— Helena... será que podemos tomar um café e conversar?

— Acho que preciso descansar, quero ficar um pouco sozinha.

— Tudo bem, eu só queria te contar uma coisa.

— Sobre o que?

— Sobre mim, sobre nós!— ele diz e eu mordi o lábio.

— Não sei se estou preparada para esse tipo de conversa agora, mas podemos nos vê qualquer dia.

— Claro!

— Até mais, Isaac!— falo e caminho até o carro onde minha mãe me esperava.

Quando chego em casa tomo um banho e coloquei calça de moletom e uma camisa grande que ficava larga em mim. Minha mãe fez torradas e um suco de laranja.