HELENA CARTERNo dia seguinte, eu fiquei trancada o dia todo no quarto. Meu corpo estava tão fraco e cansado que já não tinha forças para me levantar.
— Lena, a mamãe tá chamando para comer.—Anna disse entrando no quarto, eu funguei e esfreguei os olhos.— Está com dor?
— Dor? A minha vida inteira é uma dor.
— Eu sei que está mal, mas você precisa seguir em frente.— Anna falou e eu pude sentir o quanto ela estava preocupada.
— Eu estou bem, Anna, só quero descansar.—falei.— Diz para mamãe que eu não estou com fome.
Depois que Anna saiu, mamãe entra no meu quarto.
— Helena, vamos almoçar.— mamãe disse.—Você precisa comer.
— Eu não estou com fome, mãe!
— Eu sei que está sofrendo, mas não pode deixar-se levar pela angústia.— ela disse acarinhado minha perna.— Come um pouquinho!
— Nada desce!— falei.
— Tudo bem, querida!— ela beijou minha testa e saiu do quarto.
Um tempo depois, ouvi a voz da Alice e do Henrique conversando com a minha mãe.
— Oi, meu amor!— Alice falou abrindo a porta do meu quarto.
— Oi, gente!— falei e me sentei na cama com um pouco de dificuldade por causa das dores e da fraqueza.
— Como você tá, curupira?— Henrique perguntou beijando o topo da minha cabeça.
— Estou levando!
— Sua mãe nos contou que você não está comendo, eu trouxe uma torta de frango, isso sempre te anima.— Alice falou mostrando o pote.
— Quem dera que tudo se arrumasse com torta.
— Você precisa comer, amiga.
— Eu não consigo, não tenho vontade de fazer nada, só quero sumir.— falei sentindo o choro subindo pela garganta.
— Não posso ver você desistir assim, você tem que lutar, Helena, tem que reagir.— os olhos de Alice se encheram de lágrimas.
— Não tenho forças.
— Você tem que tentar, por seus pais, seus irmãos, por mim e pela Beatriz.— Alice falou e pegou minha mão e colocou na barriga dela.—Fala com a dindinha, filha.
Nesse momento, eu comecei a sentir a neném se mexendo.
— Ela... a Beatriz tá chutando...— falei e meus olhos se encheram de lágrimas.
— Sim, amiga.— ela disse sorrindo entre as lágrimas.— Sua afilhada tá doida pra te ver.
Eu funguei e abracei Alice.
— Estamos nessa com você!— Henrique disse.— Pode começar comendo.
— Eu estou sem fome real, gente!— falei.— Mas obrigada por terem vindo aqui, eu vou ficar bem.
— Tudo bem, mas vou deixar a torta bem aqui pra você comer quando quiser.— Alice disse. — Mas me promete que não vai desistir de lutar, Isaac não gostaria que te ver desistir assim. Ele ia querer te ver bem.
Ela apertou a minha mão.
Os dois ficaram ali um bom tempo, Henrique teve que voltar para o trabalho, mas Alice ficou comigo. Nós passamos a tarde assistindo filmes e conversando. Era bom ter ela ali para me distrair.
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Para Sempre Ao Seu Lado
RomanceHelena Carter, 17 anos, mora com os pais e os irmãos em New York. Sempre foi uma garota com personalidade forte, não tem uma relação muito boa com a família, mas acredita que com os amigos e o namorado pode recompensar a ausência da mãe. Quando tud...