=Capítulo 66=

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HELENA CARTER

Alice disse para meus pais que passaria a noite comigo para que eles pudessem descansar. Rebecca estava sabendo do nosso plano, foi difícil convencer ela a me deixar sair do hospital, ainda mais escondido. Mas com uma boa carinha de pena eu consegui, era o privilégio do câncer, privilégio de estar morrendo.

Foi difícil sair sem que os enfermeiros e médicos que me conheciam me vissem. Henrique e Noah nos esperavam na frente do hospital e quando eu vi o carro incrível do pai de Henrique eu abri um sorriso. Henrique exibido com sempre, se levantou e colocou a cabeça pra fora do teto solar mostrando uma garrafa de champanhe.

— Peguei mais uma coisa além do carro!— ele disse e eu sorri mais entrando no carro.

Henrique acelerou o carro e ligou o rádio quando estávamos chegando ao túnel. Eu troquei olhares com Alice e sorri.

— Você tá pronta, Helena?— Noah pergunta olhando pra trás

— Estou!— falei sorrindo.

Me levantei e senti o vento gélido bater em meu rosto, Henrique aumentou o volume e o Alice se levantou ficando ao meu lado. Era bom aquela sensação, o vento, a música, ver os carros passando, eu me senti viva naquele momento, a primeira vez desde que Isaac se foi.

Eu abri os braços e fechei os olhos, só senti a vibe, parecia que eu estava voando. Sorrir. Gritei. Alice também sorria com os braços abertos, aquela sensação de liberdade era maravilhosa.

Quando passamos do túnel, eu continuei com a cabeça pra fora e tudo ficou ainda mais incrível. As luzes da cidade, os carros, tudo me deixava maravilhada, tocava Cigarette Daydreams no rádio, deixa uma vibe ainda melhor. Me sentia com uma criança fazendo um coisa pela primeira vez, era como seu tudo fosse novo e ao mesmo tempo era como se fosse a última vez.

Henrique parou na praça, nós sempre íamos lá a noite pra beber e ficar de papo. Era uma praça bem movimentada, a rua era cheia de pub's, era um ótimo lugar pra se reunir com os amigos. Senti falta dos velhos tempos, de quando eu era a Helena doida dos cabelos vermelhos que passava a maior parte do tempo chapada ou aprontando alguma.

— Que saudades do tempo da banda!— disse pra Alice.

— Foi bons tempos!— ela disse.— Vocês sabem que eu e Lena fazíamos parte de uma banda, né? A gente costumava nos apresentar nesses bares daqui.

— Vamos abri o champanhe!— Henrique disse pegando a garrafa.

Ele demorou um pouco pra abrir e quando estourou, jogou em nós.

— O'Connor, você trouxe os copos?—Henrique perguntou.

— Cara, eu esqueci, foi mal galera!— Noah disse.

— Não tem problema, passa essa garrafa pra cá, Henry!— peguei a garrafa e a ergui. — Um brinde aos melhores amigos do mundo, e a essa noite que tá sendo ótima.

— Um brinde aos velhos tempos!— Alice disse.

— Um brinde ao amor, a amizade e a irmandade!— Henrique falou.

— Um brinde a nossa estrela, a Helena!—Noah disse e me pegou no colo.

— Um brinde ao nosso quarteto forever!— disse e Alice e Henrique começaram a assobiar enquanto Noah pulava comigo em seus braços.

Virei a garrafa e tomei um gole.

— Helena!— Alice disse me repreendendo.

— Só essa noite, Ali, e um golinho de champanhe não vai fazer diferença.— falei virando a garrafa mais uma vez.

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