O Matrimônio part 11

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       Enfim o dia chegou,o meu pesadelo e a alegria dos meus pais  e do Sr.Augusto Torres .Ele estava muito satisfeito  e  demonstrava uma certa afeição  por mim,mas eu me sentia  indiferente  a tudo e era como se estivesse assistindo uma encenação:a escolha do vestido foi o meu ultimo  ato de rebeldia.    
       Tradicionalmente  se usa  o preto por ser um costume  da igreja  católica mas convenci  a minha mãe e misturei cetim com detalhes em dourado e seria a primeira  da família  a usar algo tão colorido, mas se era para me casar pelo menos teria a roupa que gosto.  Os meus cabelos foram erguidos num penteado com vários cachos, um batom vermelho  destacando os lábios 

       Meus pais fizeram questão  de  contratar um pintor e já havia um quadro meu com estes trajes e seria pendurado na estância em Montserrat.

        Assim que entrei com o meu pai percebi  que haviam muitas pessoas na igreja  além dos conhecidos, parentes distantes ,alguns empregados das estâncias e  a minha  prima com   um homem  muito atraente , o sr. Arturo Castiblanco, um homem com fama de boêmio , mas que precisava de herdeiros, Alto com ombros  largos,olhos negros  e cabelos  da mesma cor, simpático  e que  deixava o meu marido se tornar uma pálida  e sem graça figura. Ele me  passava uma impressão  desagradável pois olhava as mulheres de um jeito muito sedutor e vulgar . Ele tinha um irmão mais jovem casado e com uma esposa grávida  e que por isto não compareceu ao matrimônio. 
          A mesa estava forrada de pães, vinhos,bolos de todos os tipos além de carnes para os convidados. Todos estavam apreciando muito e eu apesar de infeliz resolvi comer um pouco. Assim após receber os cumprimentos  fui me sentar numa cadeira próxima do meu esposo.                  Enfim só me restava  esperar que a noite de núpcias  não fosse tão triste quanto esta festa.

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