7 - O momento certo

648 74 22
                                    

Anabelle

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Anabelle

Meu coração está tão acelerado que eu estou cogitando a ideia de que terei um ataque cardíaco a qualquer momento.

Marie? — Chamou de novo. Sua voz era distante e parecia muito brava. Impaciente. E por ela eu posso dizer que ele é jovem. Não tanto. Talvez uns trinta anos. — Cadê a porcaria do suco que eu pedi? Já faz meia hora que eu estou esperando.

Meu Deus, ele já voltou.

Virei-me de frente para a porta e passei a chave ligeiro. Afastei-me um passo e fiquei olhando para a maçaneta, até ouvir a voz dele novamente, cada vez mais perto:

Marie, cadê você, sua velha surda?

Franzi a testa.

Mal educado. Cadê o respeito dele?

Ouvi seus passos duros ficarem um tanto distantes. Creio que entrou para a cozinha. Mas não demorou nem dois minutos e ele estava de volta. Os seus passos se aproximaram dessa porta. Afastei-me mais um passo.

Cadê você, Dany?

Marie? — Assustei-me com sua voz soando tão próxima. Silêncio ensurdecedor. E então dei vários passos silenciosos para trás quando ele começou a torcer a maçaneta. — Danielly? Rachel? — Torceu a maçaneta outra vez e depois bateu na porta. — Quem está aí? Bethany, é você?

Quando ele ficou sem resposta mais uma vez, escutei um suspiro pesado do outro lado e ele começou a dizer, furioso:

Quem está aí? Abra essa porta agora! — Deu algumas batidas fortes na porta e eu prendi a respiração. Estou apavorada. Ele não pode me ver agora. — Abra a porcaria da porta ou eu derrubo. Posso saber quem é a engraçadinha ou engraçadinho que está fazendo isso?

Senhor Donovan? Está tudo bem? — Voltei a respirar, puxando o pouco ar desse banheiro para os meus pulmões. — Dona Marie — O que está fazendo?

Onde você estava, sua velha idiota? — O senhor Donovan gritou para dona Marie.

Estava ajudando a Rachel a estender umas roupas. — ela não sabe que eu estou aqui, por isso age tranquilamente. — O que o senhor está fazendo aqui?

Esqueceu que desde que eu voltei te pedi pra levar um suco no meu escritório?

Oh — Escutei ela exclamar. Certamente esqueceu. — Eu...

Cale-se! Sua memória já não funciona mais como antes, não é? Você parece uma ameba, Marie. Agora dar pra me explicar porque essa porta está trancada?

Deve ter alguém aí. — Ela nem se importou com o que ele disse. Como pode? Nem sou eu que estou sendo insultada e já estou a ponto de sair daqui e dar-lhe uns bons cascudos pra ele aprender a ter mais respeito.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora