2 - Na mira do inimigo

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Anabelle

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Anabelle

Eu estava quase perdendo todo o fôlego que havia dentro de mim enquanto olhava para os assustadores olhos do homem à minha frente. O pavor me consumia sem piedade e eu estava chegando a pensar que ia desmaiar a qualquer momento. Os cantos dos pássaros, que devia ser algo extremamente apaixonante, parecia dar um ar ainda mais sombrio para a cena. O vento passou pelos meus cabelos ondulados, sacudindo-os por um breve momento e balançando as folhas das árvores.

- Eu disse que não adiantava correr, Anabelle. - O sorriso que ele me lançou foi aterrorizante, daqueles que eu costumava ver em alguns filmes de terror que os meus irmãos gostam. Eu esbugalhei os meus olhos castanho-claros. - Que eu te pegaria de todo jeito.

- Co-como sabe o... meu nome? - Gaguejei, tremendo de medo. Por pouco a minha voz não saía. Havia uma sombra no seu rosto, causada por uma das inúmeras árvores, o tornando mais assustador quando ele abriu ainda mais o sorriso de psicopata.

Eram quase cinco horas da tarde e o sol descia pouco a pouco para se esconder por trás das colinas. As árvores que faziam diversas sombras no chão de terra, eram ocupadas por algumas espécies de aves e suas folhas tinham um leve balançado por causa do vento suave, tornando o ambiente até atraente. O que eu consideraria agradável, se isso não tivesse acontecendo comigo.

- Q-Quem é você?

Essa última pergunta saiu mais como um sussurro, pois minha voz se perdia gradativamente em algum lugar do caminho, enquanto o homem me olhava entortando a cabeça.

- Acho que você não vai querer saber.

- Por favor... - Eu tentei, mas ele não me deixou prosseguir.

- Ah, não me venha pedir misericórdia, garota. Porque eu não terei.

Engoli em seco. E minha respiração falhou quando ele se aproximou um passo. Tentei recuar, mas bati com as costas no tronco da árvore na qual eu me escondia.

- Pare. - Ele disse, indiferente. Sua voz grossa e fria congelou todas as minhas ações, que na verdade, eram só respirar e piscar. Congelei totalmente, tanto por fora como por dentro. - Se você tentar fugir de novo vai ser pior... - Ele tocou levemente o meu rosto e eu fechei os olhos. Se aproximou mais um passo e eu fui capaz de sentir sua respiração tranquila próxima à minha face. - Mas se você ficar quietinha... prometo ser rápido e você não sentirá nada.

Minha respiração voltou com tudo e eu senti uma vontade incontrolável de chorar. A palavra estupro passou pela minha cabeça.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora