13 - O efeito das palavras

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Anabelle

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Anabelle

O café da manhã não demorou para ficar pronto. Mas infelizmente não pude ser servida, pois uma certa pessoa inesperada, apareceu na cozinha e me viu, ficando furiosa:

- O que essa garota está fazendo aqui? - Ouvi sua voz inquisidora atrás de mim, fazendo um arrepio subir pelas minhas costas.

Arregalei os olhos para as empregadas que estavam à minha frente colocando comida em umas travessas e elas me olharam da mesma forma.

- Estão surdas? Eu perguntei o que ela está fazendo aqui!

Os gritos dele já estavam me deixando surda e, inexplicavelmente, muito irritada. Desci do banco alto e virei-me para ele. Quase perdi o fôlego quando vi como ele estava vestido; todo casual, com uma camisa azul simples e de mangas curtas e uma calça moletom. Estava descalço e os seus cabelos baixos estavam um tanto bagunçados.

Engoli, antes de fitar os seus olhos e criar coragem para dizer:

- Eu estava com fome e decidi vir pedir alguma coisa para comer aqui na cozinha.

- Você não se lembra quando eu disse para você nunca sair daquele quarto?

- Não, - Cruzei os braços. - na verdade, aquilo que o senhor disse pareceu mais como se fosse uma escolha minha, se por acaso eu não quisesse lhe ver.

- Então você decidiu que queria me ver. - Cruzou os braços também, me olhando desafiador.

Fiquei sem saber o que dizer, o que deu a chance de ele perguntar:

- Por isso saiu do quarto?

- N-Não. Saí porque queria comer.

Ele soltou uma risada nasal e desviou o olhar por alguns poucos segundos, logo voltando a me encarar e continuando:

- Mas não me diga que você não sabia que Marie ia levar a sua comida lá, porque eu sei que você sabia.

- Eu imaginei. Imaginei também que o senhor quer me transformar numa prisioneira sua, mas isso não vai acontecer. Eu não posso ficar trancada naquele quarto...

- Não pode? - Ele me cortou. Começou a caminhar na minha direção devagar, ainda de braços cruzados e aquele olhar potente de desafio. Senti alguém se remexer às minhas costas, uma das mulheres ficando incomodada com a aproximação dele de mim.

Não me mexi, acho que eu queria saber o que ele pretendia fazer. Não creio que ele seria capaz de fazer alguma besteira com a presença das empregadas aqui. Elas me encorajam a enfrentar esse homem.

- Quem disse que você não pode? E se eu quiser mesmo te tornar a minha prisioneira até o fim da sua vida? - Ele chegava cada vez mais perto e eu sentia o meu peito apertar, meu sangue gelar e as minhas mãos suarem.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora