43 - Uma ajuda valiosa

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Anabelle

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Anabelle

Eu estou me consumindo de curiosidade para saber o que minha mãe tem para me falar.

A minha curiosidade foi aguçada principalmente quando ela disse aquilo sobre ter coisas para me contar desde o meu nascimento. Mas isso estava longe de ser realmente importante em comparação com o valor da minha vida. No entanto, a verdade é que eu não sei como finalmente terei paz, quando ela vai parar de tentar me matar. Talvez o único jeito, seja mesmo enfrentando aquela mulher.

Dona Marie, Dany, Hector e eu acabamos parando em uma casinha velha bem longe da mansão Donovan. Não era a mesma de animais empalados que eu estive amarrada, mas parece ser de algum caçador também. Decidimos nos esconder aqui. A nossa sorte é que não tinha ninguém. Ao menos aqui estávamos a salvos da chuva caso viesse.

Enquanto estive sentada no banquinho velho e desde que chegamos aqui, eu venho pensando desesperadamente nos meus irmãos. Mais do que nunca preciso salvá-los e esse seria o momento perfeito para o fazer. Não tinha mais ninguém na minha cola, aparentemente. E a Suzan também não está em casa.

Eu preciso arranjar uma maneira de ir ao encontro deles.

Hector sentou-se no chão, ao meu lado, enquanto dona Marie e Dany olhavam pela porta da casinha, como se estivessem vigiando algo. Como se estivessem nos protegendo.

Ele olhou para mim, notei isso pela minha visão periférica, e passou uns bons segundos apenas me analisando, até se pronunciar:

Você está bem? No que está pensando? Desde que chegamos você não disse nada.

Eu virei o rosto para o lado oposto dele.

O que foi, Belle? Ainda está brava comigo?

E então voltei a encará-lo.

Eu não sei dizer se estou brava. Está mais para indignada. É duro de entender porque você fez aquilo com a sua própria mãe, Hector. — falei baixo, para nenhuma das duas ouvirem.

É difícil para mim também, Belle. Eu realmente acabei me tornando um ser... sem coração. Mas você sabe que me mudou, não sabe? Sabe que você... me fez voltar a sentir. E agora eu vejo o quanto eu fui um monstro pelo que fiz com aquela mulher. - Ele apontou para dona Marie. Ainda era difícil acreditar que ela é a mãe dele. Mas realmente faz muito sentido. — Eu nunca me perdoarei por tudo que fiz, por mais que ela já tenha me desculpado. E eu espero que um dia você volte a me ver como o verdadeiro Hector. Que você volte a enxergar além dos meus olhos, a ler a minha alma como você sempre fez.

Lágrimas já brotavam em meus olhos.

Hector se levantou e fez menção de se afastar, mas então, hesitante, eu falei:

E-Eu... preciso da sua ajuda para uma coisa. - Ele parou e me olhou. Eu levantei minha cabeça para encará-lo. — Preciso que me ajude a salvar os meus irmãozinhos.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora