41 - Revelação

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Anabelle

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Anabelle

Hector continuava caminhando pelo pequeno cômodo no qual estávamos, de um lado para o outro, extremamente preocupado.

Ele parou por um momento e se aproximou de mim, se abaixando e segurando meu rosto.

Belle, por quanto tempo mais você acha que aguenta?

Minha garganta me obrigou a tossir, antes de responder:

Acho que... não muito.

Ele respirou fundo e passou a mão pela cabeça, antes de se erguer novamente. E foi exatamente nesse momento que ouvimos a voz de Suzan, um pouco distante:

Não sejam bobinhas, crianças. Apareçam já, eu tenho algo para dizer e vocês vão gostar muito de saber. — Hector olhou para mim e posicionou o dedo indicador na frente dos próprios lábios. Permanecemos em silêncio. — Está bem, não querem responder, mas eu digo mesmo assim. Hector..., eu tenho o antídoto para livrar sua amadinha da morte.

Hector imediatamente olhou para mim, seus olhos abrindo-se devagar em surpresa. Eu respirei mais cuidadosamente. Esperamos ela continuar:

Sim, é verdade. O que está agindo no organismo da Ana é um tipo de veneno que contém um antídoto. E eu pretendo dá-lo para vocês.

Balancei a cabeça para os lados, mais devagar do que as outras vezes, e disse em voz baixa para Hector:

— Ela está mentindo. Não existe antídoto. E mesmo se existisse, por que ela nos daria se o que ela quer é justamente que eu morra?

Concordo com você. — Sussurrou de volta.

Vocês querem saber porque eu trouxe esse antídoto comigo e porque pretendo dá-lo a vocês? — Ela fez uma pausa, como se nós fôssemos respondê-la. O homem à minha frente apenas se atentou mais. — Pois bem, é porque eu não quero mais matar a Ana. Agora que eu percebi de verdade que vocês se gostam muito, eu aceito que vocês dois apenas se juntem para sempre, se mudem dessa cidade, melhor até do país, e vivam bem distante, longe de mim e dos meus filhos. Eu quero somente isso. Acho que te matar é mesmo um exagero, Ana. Basta você prometer que nunca mais voltará e eu te deixo viver. Agora deixe de ser bobinha e venha pegar o seu antídoto antes que seja tarde demais.

Hector logo me encarou como se já tivesse plantado na cabeça a ideia de sair desse esconderijo e bater de frente com essa mulher, para conseguir pegar esse tal antídoto.

Eu neguei com a cabeça. Mas a verdade é que essa bruxa acabou me colocando numa encruzilhada, onde todos os caminhos eram ruins. Se eu acreditasse em suas palavras e saísse para falar com ela, a mesma poderia estar mentindo e me matar. Mas se eu continuasse enfiada aqui, o veneno faria efeito e eu morreria de todo jeito.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora