20 - Acordando a fera

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Anabelle

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Anabelle

Pisquei lentamente algumas vezes para despertar, sentindo minhas pálpebras tão pesadas quanto pedras. Aos poucos fui sentindo a claridade do ambiente queimar meus olhos e assim que me remexi um pouco, senti todos os meus ossos reclamarem.

Mas que diabos!?

Fazendo bastante esforço consegui abrir os olhos quase que completamente e só assim pude ver onde e como eu estava. Mal pude acreditar quando me vi sentada na poltrona castanha do quarto do senhor Donovan... ou Hector, como ele me pediu que lhe chamasse noite passada. E lembrando dele olhei de imediato para sua cama... dormia feito uma rocha.

Acabamos adormecendo sem nem perceber.

No instante em que meus olhos sonolentos cravaram em seu belo rosto, eu esqueci tudo ao meu redor. Parei por um momento e admirei-o enquanto dormia. Ele é ainda mais lindo assim, quase perfeito, mesmo com essa máscara que esconde algo que eu nunca saberei o que é.

Sua respiração é bem compassada, calma. Dar a impressão que ele está sonhando com anjos. Lembro-me dos ferimentos dele; da cabeça e da coxa. Pelo que eu pude ver ontem, enquanto fazia uns curativos bem improvisados, os ferimentos foram bem graves. Ele perdeu sangue e isso pode ser muito perigoso, a coisa mais sensata que eu posso fazer é chamar um médico para vê-lo.

Levantei-me devagar e fui até sua cama, encostei a costa da minha mão em sua bochecha descoberta para medir a temperatura e pude perceber que ele não parece tão mal quanto eu pensei que estaria. Mesmo assim, decidi procurar alguma agenda telefônica para contatar um médico, talvez aquele que cuidou de mim enquanto estive apagada; o doutor Dean.

O primeiro móvel que vasculhei foi o criado-mudo, bem ao lado da cama dele. E debaixo de um telefone sem fio, quase às escondidas, pude ver uma caderneta de folhas brancas. Peguei-a depressa e folheei. Encontrei o número do médico na terceira página.

Ele tem bastante contato e ainda assim parece ser tão solitário. - Pensei comigo mesma.

Enfim, tirei o moderno telefone de cima de seu teclado e disquei o número do homem, no segundo toque fui atendida:

Doutor Dean. Quem fala?

Doutor Dean, - Disse eu, com afobação. -, que bom que atendeu! O senhor está ocupado?

Sim, estou no meu consultório. Esse telefone é particular, apenas para pacientes, para falar sobre assuntos da saúde. - Ele disse, profissionalmente. - Quem está falando?

Anabelle. Lembra-se de mim?

O silêncio se prolongou por apenas alguns poucos segundos, antes que eu pudesse ouvir sua voz novamente:

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora