22 - O autor das obras obscuras

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Anabelle

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Anabelle

Foi o patrão que te apelidou de Bela. - Desvendou dona Marie, me deixando completamente sem palavras.

M-Mas...

Da primeira vez que ele te chamou de Bela, estávamos eu, Greg e Joanne atrás da porta ouvindo ele conversar com você. E aí passamos a te chamar assim também. Ele foi tão... carinhoso quando te chamou assim. Dava pra sentir pela voz dele que ele realmente achava que esse apelido combinava com você. Certamente ele te achou linda de primeira vista assim como a gente.

As palavras ficaram presas na minha garganta. Estava ficando difícil até respirar. Só consegui colocá-las para fora depois de segundos:

Obrigada. - Engoli e fiz uma breve pausa — Então, com isso, talvez... ele não deva me odiar tanto assim.

Odiar? Não, minha flor, com certeza ele não te odeia e nunca chegou nem perto disso.

Sei lá..., eu fiquei com essa impressão.

Não... O patrão só não sabe controlar seu temperamento. Ele se estressa muito fácil, com qualquer coisa e com qualquer pessoa. Com coisas do trabalho e às vezes com a gente também, mesmo a gente não fazendo nada demais. E vai ver ele também tem os motivos dele para ter te tratado tão mal desde o primeiro dia.

Assenti, compreensiva. Não é tão difícil conhecer pessoas assim; fáceis de se estressar. Claro que o senhor Donovan passa um pouco dos limites às vezes, mas quem sou eu para julgá-lo?

***🎭***

Eu não resisti em ir até o quarto dele mais uma vez, apenas para ver como ele estava. Dona Marie me disse que o doutor Dean contou a elas que ele está bem agora. O sangue que ele perdeu não foi tanto a ponto de provocar algo grave nele. Que ele só precisava de repouso. E era exatamente isso que ele estava fazendo quando eu abri, vagarosamente, a porta do seu quarto e o vi; repousando, dormindo.


Entrei devagar e tranquei a porta atrás de mim. Aproximei-me da cama dele e o observei por minutos... Minutos longos demais. Mas é que ele fica tão lindo dormindo serenamente. Parece um menino. Ele não se remexeu a nenhum momento enquanto estive o olhando, apenas respirava tranquilamente.

Depois de mais alguns instantes, parei de olhá-lo, (difícil missão, devo admitir) e passei a observar melhor a enorme estante de vidro, onde continha as máscaras. Todas tão lindas, tão diferentes. Eram a cara do senhor Donovan. Eu não duvido que elas tenham sido feitas exclusivamente para ele. E então, logo após, os meus olhos bateram na estante de livros, perto de uma porta que deduzi ser de um banheiro. Cheguei mais perto do móvel de madeira lisa e comecei a passar os olhos pelas lombadas grossas dos livros que lá repousavam. Meus olhos focaram um e eu o tirei do meio dos outros.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora