26 - Ponto fraco

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Anabelle

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Anabelle

Enquanto sentia o delicioso beijo de Hector, coloquei minhas mãos em seu rosto, uma acariciando sua bochecha macia e a outra por cima da máscara de cobre. Afastei a minha boca da sua devagar e encostei a minha testa na dele, enquanto sorria feito uma boba. Ele segurou em meus cabelos suavemente e vi quando também sorriu. Um sorriso tão belo quanto o último que ele me mostrou, enquanto conversávamos.

Ele soltou o ar pela boca e perguntou:

O que é que foi isso, Belle?

— A prova de que você precisava.

Confesso que foi um pouco mais que isso.

Então está convencido do que eu lhe disse?

— Acho que sim.

Devagar e sinceros, sorrimos um para o outro. Depois ele me abraçou e fez com que eu me deitasse ao seu lado na cama. Eu repousei minha cabeça em seu peito e passei a ouvir o seu coração se acalmando até pulsar tranquilamente aos meus ouvidos. O som era tão bonito e calmo que acabei adormecendo sem nem perceber.

***🎭***

Acordei horas mais tarde. Nem tinha notado que havíamos dormido tanto até meus olhos baterem no relógio despertador em cima do criado-mudo de Hector; já eram uma e vinte da tarde. Levantei um pouco minha cabeça e olhei para o rosto bonito de Hector. Ele ainda dormia serenamente, parecendo tão descansado como nunca pareceu estar antes, desde que o conheci. Sorri, como uma boba. Remexi-me um pouco mais e toquei o lado descoberto do rosto dele. Acariciei e senti a maciez deliciosa que é sua pele.

Ele abriu os olhos lentamente. E assim que me viu, abriu um sorriso aos poucos.

Suspirei e também sorri para ele.

Oi... — Falei, enquanto fiz menção de afastar a minha mão de seu rosto. Mas então ele a agarrou com a sua e segurou-a no ar por alguns instantes.

Há quanto tempo estamos dormindo? — Sua voz soou rouca por ter acordado há pouco.

Há muito tempo. — E a minha estava sem força. Tanto por também ter despertado agora, quanto por estar segurando o olhar penetrante de Hector. — Já são quase uma e meia da tarde. Perdemos o almoço.

Perdemos, foi? Que pena. — Primeira vez que vi ele ironizando sem crueldade.

Ri levemente.

Então ele levou a minha mão que ainda segurava até o seu rosto de novo. Fechou os olhos e me incentivou a acariciar a sua face, logo depois subindo lentamente para os seus cabelos baixos, fazendo-me afagá-los.

Sua mão é tão macia. — Disse ele.

Eu gostaria de ter retribuído o elogio, mas a verdade é que eu estava muito tímida para isso. Acho que está deitada na mesma cama que ele (e ter dormido em seus braços) já foi o máximo que eu poderia ter feito.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora