19 - Cuidados do coração

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Anabelle

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Anabelle

Depois de um suspiro, o senhor Donovan falou:

Você... Você poderia ficar um pouco mais acordada aqui comigo? Quer dizer, depois de cuidar desse ferimento na sua testa também. - E apontou para a minha cabeça.

Soltei o algodão em cima da mesinha de centro e coloquei a minha mão na testa. Senti uma dor aguda na região, mas quando olhei para os meus dedos eles não estavam sujos de sangue. Ou ele já tinha secado ou a água da chuva havia lavado por mim.

E depois que você trocar de roupa também. - Ele percorreu o meu corpo com os olhos e eu me olhei. Senti o meu rosto esquentar ao ver a minha camisola fina totalmente encharcada e grudada em meu corpo, praticamente transparente.

Cruzei os braços na frente dos seios e olhei para ele.

E o senhor? Não vai se trocar?

Se você me ajudar a ir até o quarto, sim.

Fiquei sem saber o que dizer. Ele me pegou completamente desprevenida. - Eu ir para o quarto dele com... ele? - Que péssima ideia.

Só voltei a falar depois de longos segundos o encarando:

Er..., eu o levo lá e depois vou para o outro quarto me trocar também. Ok?

Como quiser.

Suspirei longamente e me levantei. O ajudei a fazer o mesmo e não deixei de notar o quanto ele me olhava enquanto começamos a fazer o percurso até as escadas. Subimos devagar e conseguimos chegar até o segundo andar, onde, depois de muitos corredores e curvas, fica o quarto dele. Abri a porta e entramos. Levei-o até a cama e o coloquei sentado nela, então ele tirou o braço do meu pescoço e eu logo me preparei para sair daqui o mais depressa que eu pudesse. Porém, assim que dei as costas para ele, sua mão agarrou o meu pulso, me fazendo parar de imediato.

Fiquei um tempo parada e só depois olhei para a sua mão no meu braço. Segui o olhar para o seu rosto e engoli secamente. Esperei ele dizer algo:

Você volta? Eu ainda posso... precisar da sua ajuda.

Demorei segundos o encarando, antes de assentir.

Volto.

Apenas depois da minha confirmação e de segundos, foi que ele me soltou. Sai do quarto dele e fui direto para o meu.

Troquei de roupa pensando seriamente se voltava ou não para o quarto dele. Nem sei. Eu não me sinto muito confortável perto dele, mas também não me sinto de todo mal. Às vezes, até gosto. Fico admirada com o jeito todo misterioso dele, mas também me sinto intrigada e curiosa demais, querendo saber de tudo. E se eu fizer alguma pergunta ou comentário que o tire do sério?

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora