32 - Traição

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Hector

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Hector

Ri quando Belle me contou uma ideia engraçada que ela teve para o nosso livro. Concordei em colocá-la na história, isso a deixaria um pouco mais leve, como ela tanto queria, e realmente combinaria com os personagens que ela criou.

Quando paramos de rir, e ao olhar por cima do ombro dela, vi uma rosa branca muito bonita enfeitando a roseira do meu jardim.

Não acredito. — Disse eu, fazendo Belle me olhar mais atentamente. Passei por ela e continuei — As roseiras voltaram a florescer?

Por que a surpresa?

Voltei-me para a bela garota e a respondi:

Já faz muito tempo que as roseiras pararam de florescer. Suas folhas estavam mortas, os espinhos estavam secos e não brotavam mais rosas. E agora olha para elas. Estão vivas e lindas de novo.

Eu acho que eram os pulgões.

Como sabe? Você entende dessas coisas?

Não, mas a dona Marie me disse que as roseiras estavam morrendo por estarem sendo atacadas por pulgões. Greg não aguentava mais esses bichos, então ela disse que conhecia uma erva que acabava com eles e... — Ela calou-se de repente e abriu um curto sorriso, que não alcançou seus olhos. Por fim, abaixou a cabeça.

O que foi? — Perguntei, estranhando.

Ela balançou a cabeça para os lados e, ainda sem me olhar, falou:

Não sei se você sabe, mas... — E então finalmente me encarou. Eu fitei seus olhos com intensidade. — foi por causa disso que eles me encontraram. Greg, dona Marie, Rachel e Matthew. Eles estavam procurando essa tal erva na floresta quando me encontraram entre a vida e a morte.

Meu cérebro demorou mais do que eu esperava para processar a informação.

Eu não sabia. — eu disse, por fim, com a voz fraca.

Bom..., está sabendo agora. — Ela mostrou-me seu lindo sorriso. — Enfim, foi por isso que as rosas voltaram a florescer, eu suponho. Greg cuidou dos bichos com a erva.

Sorri também.

Ela é tão bela.

De repente tive a - romântica - ideia de ir em busca da rosa branca que eu conseguia ver daqui para dar a Belle.

Espera aqui, Belle. Aquela rosa é linda demais para não ir para as mãos da garota mais bela desse mundo.

Vi seu rosto corar, enquanto saí correndo até a roseira. E ela ficou ainda mais adorável vermelhinha daquele jeito.

Cheguei até a roseira rapidamente e tomei o maior cuidado com os espinhos para tocar no talo da rosa branca. Afastei algumas folhas que me atrapalhavam e tentei puxar a rosa. Mas não foi tão fácil arrancá-la como eu pensei que seria. Por isso, demorei mais do que o esperado para conseguir pegar essa danadinha. E, para a minha surpresa, um espinho que passou despercebido por mim atingiu o meu dedo, o furando. Afastei minha mão rapidamente da planta e olhei o sangue escorrer ligeiro pelo meu dedo indicador.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora