31 - Sequestro relâmpago

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Anabelle

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Anabelle

Hector..., por que você e sua família moravam em um lugar como esse? Cercado de mato, no meio de uma floresta?

Ainda sentados no chão do escritório de Hector, conversávamos sobre nós. Cada um contava um pouco sobre si mesmo. E essa pergunta eu já queria ter feito há muito tempo, sempre achei muito estranho alguém morar no meio de uma floresta, tão afastado da cidade, tão longe de todo mundo.

Depois de um suspiro, Hector explicou:

— Meu pai nunca gostou muito da cidade. E mesmo tendo empresas lá que precisava tomar conta e comparecer às vezes, nunca quis de fato morar lá. Ele gostava da natureza e, não sei porquê, mas preferia que seus filhos também crescessem em um ambiente assim. Minha mãe também nunca reclamou. Ela amava o sossego que tínhamos aqui. Mas tinha uma trilha bem aberta dessa casa até a cidade. Vinham pessoas de lá para cá e nós podíamos ir tranquilamente para lá no carro do meu pai. Íamos para a escola, para o cinema, para o parque e até para a igreja. Morar nesse lugar nunca nos impediu de nada. E eu também gostei muito de ter crescido aqui. A trilha ainda existe, mas está bem fechada agora e é difícil de ser encontrada por alguém que nunca viu.

Assenti com a cabeça algumas vezes.

Hector e eu passamos horas conversando, escrevendo, trocando ideias e só saímos de lá na hora da janta. Jantamos juntos e foi muito agradável, não teve nenhuma alfinetada de nenhuma das partes. Nos arriscávamos até trocar alguns sorrisos.

Depois eu fui para o meu quarto e após muitos minutos, dormi e acabei sonhando com Hector. E pela primeira vez esse sonho foi lindo. Estávamos engajados em uma dança apaixonante.

No dia seguinte, acordei muito bem disposta. Fui até a janela do meu quarto e observei o céu azulado e o sol brilhante dessa manhã, que invadia o cômodo de uma forma muito deliciosa.

Depois do café da manhã com Hector, decidimos sair um pouco para passearmos no jardim. Conversamos sobre diversos assuntos e trocamos mais algumas ideias sobre o nosso livro.

Estava tudo correndo maravilhosamente bem, até Hector ver uma roseira branca perto da fonte do seu jardim e se afastar de mim para pegá-la. Eu fiquei o esperando perto de uma árvore baixinha e foi quando ouvi alguém me chamar. Era uma voz muito baixa, mas pude identificar como sendo masculina. No entanto, não a reconheci.

Anabelle. - A voz me chamou de novo, parecendo um sussurro trazido até mim pelo vento.

Olhei para todos os lados procurando pela pessoa, até que avistei Matthew atrás de uma outra árvore um pouco mais distante da minha. Vi quando o mesmo me chamou com a mão. Olhei para Hector e ele ainda tentava arrancar a rosa branca, a mais linda da roseira. Voltei a olhar para Matthew. Engoli em seco e então decidi me aproximar de si.

O que faz aqui atrás dessa árvore, Matthew?

Eu preciso falar com você. Certamente é algo do seu interesse.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora