51 - Surpresas a caminho

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Anabelle

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Anabelle

Muita coisa mudou desde que eu escapei daquele atentado na floresta e acordei no quartinho da Emily..., na casa de Hector. Eu conheci aqueles seres incrivelmente maravilhosos que são os empregados dele e sobretudo, talvez por obra do destino, o conheci. Tive uma segunda chance, mas em uma vida completamente diferente.

Tive que enfrentar a amargura desse homem para o convencer a me deixar permanecer em sua casa. Tive que aprender a conviver com ele. Depois aprendi a entendê-lo, principalmente depois que conheci o seu passado. Fui obrigada a escutar toda a verdade nua e crua escondida por trás da minha própria história. Descobri coisas que eu nunca sonhei descobrir;

Minha mãe nunca foi minha mãe, nem a pessoa que ela fingia ser. Meus irmãos não são mais meus irmãos de sangue. Meus pais biológicos morreram sem eu ter a chance de conhecê-los. Eu realmente acordei daquele atentado em outra vida. Sendo a mesma pessoa, mas com uma realidade totalmente diferente.

E por último de tudo, para completar toda a desgraça, eu me descubro apaixonada, amando aquele homem mascarado e amargurado do princípio de tudo. E ele é baleado, ficando entre a vida e a morte. Trocando de lugar comigo.

Fechei os meus olhos e encostei minha testa no vidro do quarto da UTI.

Três dias. Três longos e horríveis dias se passaram e Hector não dar sinal de que vai acordar. Estou só o trapo e a angústia.

Dany foi para casa e Joanne veio para cá para ficar com dona Marie, que também permaneceu aqui. Eu, todos os dias, vim aqui e fiquei observando Hector por horas através desse vidro, vendo ele sempre no mesmo estado.

Dona Marie disse que estavam me chamando para ir à delegacia depor. Eu demorei para aceitar ir, mas como sabia que era necessário, decidi acabar logo com isso... dona Marie me acompanhou. Lá, falei tudo o que sabia, tudo o que a Suzan havia me contado antes de morrer. Acabaram me liberando algumas horas depois e quando nós voltamos para o hospital, não me deixaram mais ver Hector. Eu chorei muito, mas não desisti de permanecer ali esperando, mesmo que na sala de espera. Era horrível esperar, mas eu não iria para canto nenhum até me deixarem ver ele de novo.

Só que assim que eles me proibiram de vê-lo, eu fiquei pensando inúmeras besteiras:

A senhora não ver, dona Marie? — Eu dizia para a mulher, chorando enquanto andava de um lado para o outro na sala de espera — Se proibiram a gente de vê-lo é porque ele está ainda pior que antes.

Ana, você tem que parar de pensar assim.

Como a senhora quer que eu pare de pensar nisso? Três dias se passaram e ele não mostrou sinais de melhora e agora... agora eles querem isolar ele... O que eu posso pensar disso?

Depois de segundos apenas me encarando, a senhora falou:

Você se apegou mesmo a ele, não foi?

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora