21 - A dificuldade de escapar

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Anabelle

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Anabelle

Assim que eu saí do quarto do senhor Donovan, me encontrei com dona Marie de frente para o quarto dele. Joanne já não estava mais aqui, então concluí que ela tinha saído para realizar alguma tarefa. A senhora logo me pediu uma explicação de tudo o que estava acontecendo.

Suspirei e encarei os seus olhos.

O senhor Donovan... - mas então pensei se valia a pena falar, considerando que ela não sabe nada sobre essa história. Por isso, apenas perguntei — A senhora acha que... o assassino que está tentando me matar se esconde nessa floresta...? Que ele pode estar me tocaiando?

Por que está perguntando isso?

Porque o senhor Donovan acha que sim. Ele acha que se eu sair dessa casa, estarei morta. E por isso não quer me deixar ir.

Mas... Eu não estou entendendo, Ana. Por que você quer ir embora, assim do nada? Você mesma tinha dito que queria ficar. O patrão já te deixou ficar, não foi?

A senhora sabe que isso não é bem verdade, dona Marie. Ele está querendo me manter prisioneira aqui, essa é a verdade. Mas, de todo jeito, não é por isso que eu quero ir... Em parte é, mas... - fiz outra pausa, alternando entre contar ou não a outra parte da história para ela. Mas então concluí que não há mal algum ela ficar sabendo. — Vamos lá para o meu quarto, eu vou explicar absolutamente tudo o que está acontecendo.

Dona Marie apenas assentiu, seguindo-me pelo corredor até o outro andar, onde fica o "meu" quarto.

Entramos e fomos direto para a cama de solteiro na qual eu durmo e em poucos minutos contei tudo a dona Marie, sem rodeios, sem hesitar. E então ela ficou a par de tudo.

Anabelle do céu... - Ela ficou ainda mais perplexa do que quando contei a ela e a Joanne sobre o acontecido na floresta. — A sua mãe?

Infelizmente, sim. - Meus olhos estavam marejados, quase transbordando pela dor que eu sentia no peito toda vez que eu tinha que relembrar e contar aquilo.

A sua própria mãe? - Balancei a cabeça em positivo. Ela ficou realmente abismada. — Olha, se isso for mesmo verdade, a sua mãe é uma louca, Ana. Ela não deve bater bem da cabeça. Precisa ser internada urgentemente e presa a uma camisa de força. Não é possível que uma mãe normal faça isso com sua própria filha.

Infelizmente existem pessoas de coração podre, dona Marie. - Uma lágrima escapou dos meus olhos e eu ligeiramente enxuguei-a. Abaixei a cabeça. - E a minha mãe é uma delas, eu só não... nunca consegui ver isso, porque ela sempre me tratou tão bem, sempre me deu tanto amor e carinho. Sempre me deu os melhores conselhos que alguma mãe poderia dar a um filho. É difícil entender, dona Marie, muito difícil entender como ela conseguia fingir tão bem. E o porquê. - Olhei nos olhos de dona Marie e mais lágrimas me escaparam. Ela me encarou tristemente, solidária. — Eu sempre a considerei a melhor mãe do mundo por ela me tratar como uma princesa, por ela me dar tudo, a mim e aos meus irmãos.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora