11 - Para um lugar melhor

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Anabelle

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Anabelle

Fui jogada com força no chão de um quartinho escuro e frio. Fiz uma careta quando senti uma dor me atingir no osso da minha perna direita e no ferimento quase cicatrizado. Olhei assustada para o homem alto e másculo parado à minha frente. Ele me encarou de volta com uma fúria inexplicável no olhar.

- Agora você vai aprender a não se meter nas coisas dos outros e a nunca mais me desafiar, sua estúpida!

E então bateu o portão de grades, ficando do outro lado. Eu me levantei com certa dificuldade e corri para tentar impedí-lo de me trancar aqui.

- Não, por favor, não me deixe aqui. - agarrei as barras do portão de ferro.

Ele se aproximou do portão e me dirigiu um sorrisinho desafiador, antes de falar:

- Não era isso o que você queria? Permanecer aqui na minha casa. Seja muito "mal-vinda".

Passou a chave na fechadura e se afastou.

- Não, não, não, não, não, espere, espere! - pedi desesperada, colocando um braço para fora da minha prisão. - Desculpe. Por favor, me desculpe, eu não ia te roubar, só... eu faço o que o senhor quiser, mas não me deixe aqui sozinha. Por favor, senhor Donovan...

- Pare de falar isso! - o senhor Donovan virou-se para mim de novo - Não seja tola. E pare de implorar, está ficando ridículo! Eu não aceito suas desculpas e não acredito em uma palavra que você me diz. Pode se acostumar com essa sua nova casa.

- Não, eu não quero ficar aqui sozinha. - Solucei, só nesse momento percebendo que estava chorando. - Deixe-me voltar para o quartinho.

Pelo pouco que eu vi quando estava entrando - forçada - nesse lugar, ele é muito escuro, sujo e distante de qualquer outro cômodo da casa. Cheira a mofo e dar uma sensação horrorosa de solidão. Sem contar que aqui deve passar ratos e outros insetos asquerosos. Eu não quero que ele vá embora e me deixe aqui sozinha.

- Por favor, senhor Donovan...

Ele pouco se importou com minha súplica, deu-me as costas e seguiu normalmente para longe de mim, como se nem estivesse ouvindo os meus gritos. Mas já era tarde. Ele desapareceu, virando uma esquina. - Meu pai, eu estou sozinha. - Por mais que eu tente gritar ninguém vai me ouvir.

Será que aquele maluco vai me deixar morrer de fome e de sede aqui?

Virei-me para o interior do minúsculo quarto - ou cativeiro -, colocando as mãos na cabeça, e mal vi a parede de frente para mim. Está muito escuro ali no fundo. Aqui na frente só está mais claro porque a fraca luz de um pedestal de velas está proporcionando um pouco de iluminação nessa parte da "cela". Mesmo sendo dia lá fora, aqui parece já ter anoitecido. Na verdade, esse lugar não parece receber luz nunca.

O Homem Mascarado | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora