CAPÍTULO 73

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CAPÍTULO 73



Laur: O que foi?

Camz: Nada - com os olhos brilhando.

Laur: Ai meu Deus! O que aconteceu? - me assustei, vendo seus olhos brilhando - Por que seus olhos estão brilhando? E por que você tá sorrindo desse jeito?

Camz: Laur - se aproximando de mim.

Laur: Não encosta - dei um passo pra trás.

Camz: O que foi Laur? Ainda está chateada pelo que eu disse?

Como ela sabia que eu estava assim por que ela tinha dito algo? Ah, claro. Eu tinha ficado nervosa depois que ela abriu a enorme - e linda - boca dela. Não respondi a sua pergunta, somente me virei para subir as escadas, mas ao mesmo tempo que o fiz, ela me puxou pela cintura, me abraçando por trás.

Laur: Me solta.

Camz: Deixa eu te amar? - sussurrou em meu ouvido.

Laur: Não - respondi dura. Mas dentro de mim, meu coração gritava: "SIM, SIM, DEIXO ME AMAR".

Camz: Eu sei que você quer - me virou, ficando cara a cara comigo.

Laur: Eu já me amo. Não preciso que ninguém faça isso por mim, ok?

Camz: Você é linda - ignorando o que eu havia dito e beijou minha bochecha direita -, maravilhosa - beijou a esquerda -, perfeita - beijou a ponta do meu nariz e eu fechei os olhos -, e minha... - me dando um selinho - só minha - me beijou.


* Suas palavras. A cada palavra eu sentia que meu coração ia sair do meu peito. Em cada momento que abria sua boca e seu hálito tocava meu rosto, era como se eu visse o paraíso. Seus lábios, naquele momento, se tornaram totalmente viciante. E eu sabia que a partir daquele momento, eu não iria largá-los jamais.

Meu vestido que já era curto, ficou mais ainda, quando ela o puxou para cima para passar as mãos em minha coxa. Só seus lábios tinham o dom de me acalmar, e eu havia me esquecido que um dia havia ficado brava com ela, e por que estava ansiosa. Levei minhas mãos até sua calça e a abri, abaixando-a. Camila me puxou para o lugar mais sólido que havia por ali, e que, por acaso, era a escada.

Não nos demos ao trabalho de tirar o resto da roupa. Em nenhum momento, nossos lábios foram separados, mas eu já estava ficando sem ar. Quando tirou minha calcinha e a sua, percebi que não podia fazer aquilo por conta do maldito valor. Que se foda esse valor! Estar com Camilla ali valia mil vezes mais a pena.

Por sorte, quando ia penetrar, foi de leve, pois em seguida, nossos lábios se separaram e eu gemi de dor. Uma dor que eu só havia sentido uma vez. Anos antes. Era uma dor misturada com ardência. Semelhante a dor de um corte. Como se algo estivesse se rasgando.

Camz: O que foi? - perguntou, preocupada.

Laur: Tá doendo - gemi outra vez, ao sentir que ela penetrava um pouco mais.

Camz: Eu vou com calma. Se doer eu paro - disse, com delicadeza. 


* Não entendi o motivo da dor, mas ela me tratou como se eu fosse virgem. Foi delicada ao entrar em mim, e mais ao se movimentar. Logo a dor e a ardência foram embora, dando lugar a sensação de prazer que eu tanto gostava. Seus movimentos foram aumentando e eu enlacei meus dedos em seus cabelos, puxando-os.

Seus lábios buscaram desesperadamente pelos meus e quando os encontraram, senti que não os largaria nunca mais e a necessidade de tê-la era tão grande que não era possível explicar. Tentei rebolar, mas quando o fiz, a dor voltou. Ela percebeu que a cada movimento que fazíamos, me doía um pouco e eu não teria meu orgasmo tão fácil.

Ela só separou nossos lábios, levou os dedos até os mesmos, cuspiu neles e sem tirar os olhos dos meus, desceu a mão para meu clítoris, deixando-os melados com sua saliva e em seguida, começou a me acariciar para que juntos pudessemos chegar ao clímax.

Minutos depois, senti seu orgasmo e o meu serem alcançados. Gememos alto e senti que escorregava da escada, pelo suor.
Ela começou a beijar meus olhos, minhas orelhas, meu pescoço, minha bochecha, todo meu rosto e após cada beijo, dizia "eu te amo".

Laur: Está doendo - comentei, ao sentir que ela não estava mais dentro de mim.

Camz: O que aconteceu, meu amor?

Laur: Não sei. Tenho que ir ao médico. Acho que foi o jeito com que eu te tirei de mim semana passada.

Camz: Peraí, você não faz nada há uma semana?

Laur: É... Por quê?

Camz: E Brad?

Laur: Não o vejo faz um tempo. A última vez que fiz algo foi com você - disse, óbvio.

Camz: Linda - se levantou, me abraçando.

Laur: O que te deu hoje?

Camz: Nada. Já disse que você é maravilhosa?

Laur: Já. Acho que é a terceira vez. Mas me solta... tenho mais coisas pra fazer - a empurrei, revirando os olhos.

Camz: Se você me desprezar, eu te jogo nessa escada e você vai ver.

Laur: Uma vez já basta. Não quero sentir mais dor, obrigada.

Camz: Você não vai sentir dor, gatinha. Quer ver?

Laur: Não me chame de gatinha, imbecíl.

Camz: Como tá nervosinha hoje - segurando meu rosto e me dando um selinho.

Laur: Me deixa.

Quando ela ia me beijar, ouvimos um barulho de carro e ela me empurrou, pegando sua roupa e subindo as escadas rapidamente. Eu abaixei meu vestido e tentei esconder o fato de não estar de calcinha. Para minha surpresa, não era minha mãe, mas sim meu pai que entrava pela porta. Muito mais cedo que o normal.

•Cᴀᴍʀᴇɴ• √ 💊 D̾N̾A̾ 💉Onde histórias criam vida. Descubra agora