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"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença..
As vezes um amor sincero pode começar de um desentendimento que pensaram ser ódio."
-Letícia Azeneth

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—Então se aplicar essa fórmula e depois subtrair a velocidade do resultado final eu acho o resultado?—Perguntei duvidosa mordendo a ponta do lábio.

—Exatamente.—Taehyung sorriu e balançou a cabeça em afirmação.

Apoiei-me na mesa, aliviada por ter acertado e terminei o exercício.
Quando escrevi o último número larguei o lápis  e deitei minha cabeça sobre o papel.

—Terminei.—Destaquei, feliz.

—Olha aí, pelo visto você até que aprende rápido.—Passou a mão no meu cabelo como se eu fosse uma criancinha.

Contrai os lábios em um bico como protesto e tirei a mão dele da minha cabeça.

—Ei, não gosto que mexa no meu cabelo.—Passei a mão para arruma-lo.—Você vai bagunça-lo.

—Tipo, assim?—Sorriu traquino e com as duas mãos começou a bagunçar meu cabelo enquanto eu pulei de surpresa e tentei afastá-lo.

—Taehyung!—Gritei e o empurrei, ele começou a rir e se afastou enquanto eu, emburrada, arrumei meus fios.—Você é incrivelmente chato, sabia?

—Você me ama, sabia?—Rebateu me fazendo revirar os olhos

—Acho que esse é o seu maior desejo profundo.—Suspirei e dei de ombros.—Pena que vai ser sempre—Destaquei o sempre.— um sonho.—Sorri

—Veremos.

Ignorei a sua fala e peguei meu celular, quase caí da cadeira quando vi a hora.

—Minha nossa, está muito tarde. Tenho que ir embora!—Comecei a juntar minhas coisas, eu iria a pé e as ruas eram muito perigosas durante a noite.

—Calma aí, Marrentinha. Nem deve ser tão tarde assim.—Ele pegou o celular para conferir e pareceu surpreso.—Já são seis horas?

—Então, passamos mais de quatro horas aqui, estudando.—Coloquei todas as coisas na bolsa.

—Ei, espera aí!—Ele começou a recolher as coisas dele também.

—Tchau. Obrigada pela aula, a próxima é semana que vem no mesmo horário, certo? Certo.—Confirmei por ele e nem esperei que respondesse, comecei a andar em passos rápidos.

—S/n!—Ele me chamou pelo nome e com surpresa, percebi que isso era bem raro.—Espere.

Taehyung me alcançou e me segurou pelos ombros.

—Eu tenho que ir.—Protelei.

—Você é muito apressada.—Falou ainda sem me soltar.—Está com tanta pressa assim pois sua mãe vai ficar brava se demorar para chegar? Ou melhor, por chegar tão tarde?

—Minha mãe?—Ri.—Ela nem deve estar em casa. Tenho que ir logo pois vou a pé e de acordo com as pesquisas moramos em um dos bairros mais perigosos de todos, então imagine o perigo que a noite representa.—Tentei andar novamente mas ele me segurou.

—Eu te levo.—Disse simplesmente.

—Não, você tem aquele seu encontro e eu tenho pernas, posso andar muito bem sozinha.

—Ah, marrentinha. Me poupe! Vamos logo, eu te levo.—Segurou em meu pulso e começou a me puxar contra a minha vontade.

—Marrentinha o caralho.Você é muito insistente.

Um Vizinho Nada Convencional ||Kth||Onde histórias criam vida. Descubra agora