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"Por favor, seja minha eternidade, chame meu nome.
Fuja comigo
até os confins da Terra, para sempre juntos."
- Run Away

Os remédios realmente o tinham apagado. Ele passou o resto do sábado desmaiado, ainda assim, eu continuei com ele. Depois de voltar da lanchonete com a Senhora Kim puxei uma cadeira e coloquei ao lado da cama, não tinha muita coisa para se fazer ali, sendo assim, acabei pegando no sono.

Mesmo com a posição desconfortável, consegui dormir bem.

— As vezes me pergunto se você é real...

Antes de abrir os olhos, escutei a voz dele. Continuei calada, apenas o ouvindo, sem querer entregar que eu já estava acordada.

— Não acredito que você ainda está aqui. Eu sou horrível, deveria ter dito para você ir para casa, descansar. — Senti a mão dele acariciando meus cabelos.

— Tudo bem, depois que você melhorar vou te usar como meu motorista particular. — Murmurei ainda sonolenta, abrindo um dos meus olhos.

— (S/n)! — Ele se assustou, rindo logo em seguida.

Taehyung estava sentado, as costas contra a cabeceira da cama e o braço erguido, ligado ao soro.

— Te assustei? — Abri o outro olho e me sentei, erguendo meus braços para me espreguiçar. Sorri e meneei a cabeça. — Desculpa, gostei de te ouvir falar.

— Espertinha. — Ele riu e se inclinou, chegando perto de mim. Sua mão foi até o meu queixo e me puxou para perto, selando nossos lábios. — Nunca vou me cansar disso.

Ri e afirmei com a cabeça.

— Nem eu. — Mordi a ponta do lábio e sai da cadeira em que estava para me sentar na cama ao seu lado.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas aproveitando a companhia um do outro com os ombros lado a lado.

— Bom, sabe..conversei com a sua mãe hoje.

— Foi é? — Ergueu a sobrancelha. — Dá próxima vez vou avisar para a enfermeira que não é legal drogar um cara quando a mãe dele e a...— Ele pensou um pouco. — menina que ele gosta podem ficar sozinhas. — Sorriu. — Que coisa horrível e vergonhosa ela contou de mim?

— Na verdade, ela não contou nada. Eu quem contei.

— O que você contou?

— Basicamente tudo.

— Tudo?

— Sim, namoro falso e essas coisas.

— O que? — Sua expressão se tornou confusa e ele logo entendeu. — Minha nossa, qual foi a reação dela?

— Ela entendeu e disse que tudo o que importa é que nos amamos. — Afastei-me um pouco dele, para conseguir olhar para seu rosto. — Desculpa não ter falado com você antes, mas quando ela começou a dizer que gostava de me ter como nora e começou a me agradecer como sempre faz, eu fiquei muito mal, sabe? Sempre me senti culpada por isso, mas agora é diferente, queremos começar algo e eu não queria mais nenhuma mentira...

— (S/n) — Ele me interrompeu, retomando sua mania de colocar uma mecha do meu cabelo para trás. — Tudo bem, não precisa se desculpar, fico feliz que tenha falado, ainda mais feliz por saber o motivo de você ter feito isso.

— Sério?

— Claro que sim. — Destacou. — Isso demonstra o quão desesperada você está para resolver logo tudo e ser minha namorada. — Declarou de forma implicante e com um sorriso malicioso.

Um Vizinho Nada Convencional ||Kth||Onde histórias criam vida. Descubra agora