Um Vizinho Nada Convencional ||Kth||

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"Escute as batidas do meu coração.
Ele está te chamando por vontade própria
nessa escuridão.
Você está brilhando tanto.
Me dê a sua mão me salve, me salve.
Eu preciso do seu amor antes que eu caia."
- Save Me (BTS)

●○●

Assim que ajustei meus olhos para observar ao redor, consegui ler a grande placa que anunciava o aquário central de Seoul.

Já tinha ouvido falar dele algumas vezes, a escola, no fundamental, promoveu alguns passeios para lá, porém eu nunca quis ir.

Era uma placa grande, que guardava a entrada de grandes portões dourados. Muitas pessoas entravam por eles, algumas passando pela bilheteria, outros com seus ingressos já em mãos.

Uma grande estátua de uma baleia ficava a alguns metros de onde eu estava e turistas tiravam fotos em frente a ela.

Confesso que eu estava um pouco surpresa. Não imaginava que Taehyung fosse me trazer para aquele lugar.

Mordi a ponta dos lábios, um pouco incerta.
Não era como se eu fosse surtar com qualquer tipo de água perto de mim. O problema era que ali dentro, a maior parte das salas eram cobertas do piso ao teto por grandes tanques de água, os animais ficavam literalmente nadando ao seu redor. Só de pensar em tanta água, e eu lá dentro...e se os vidros quebrassem?

Dei um passo pra trás, não conseguindo sucesso em me mover, já que o Kim estava parado atrás de mim. Colidi contra o seu tronco firme e senti suas mãos em meus ombros.

— Espero que não esteja querendo me matar e que aceite escutar a minha proposta. — Sua voz carregava um pouco de nervosismo.

Inclinei a cabeça um pouco para trás e assim consegui fitar seu rosto tive que sorrir.
Os olhos dele brilhavam em expectativa, tinha que admitir o quanto ele parecia esforçado para fazer aquilo.

— Não quero te matar.. — Ele sorriu. — Ainda.

Taehyung revirou os olhos, os lábios marcados por um sorriso fino.

— Posso falar?

— Fale antes que eu mude de ideia.

O Kim usou as mãos para me virar, fazendo com que eu ficasse de frente para ele.

— Queria usar essa semana para te mostrar um lado diferente, permitir que as coisas que te assombram, não sejam mais capazes de fazer isso. Vão ser quatro dias. Começando por hoje.

— E em todos esses dias vamos fazer coisas que envolvem água? — Inclinei a cabeça para o lado. — Tipo, muita água?

— Digamos que sim.

— Não sei se é uma boa ideia. — A insegurança estava presente em minha voz. — Desde pequena minha mãe tentou várias coisas. Eu sempre entro em pânico, acho que não tem como mudar isso.

— Só peço que confie em mim, uma chance. Você pode confiar em mim? — Fiz uma careta de desaprovação e ele riu, balançando levemente meus braços, que ainda segurava. — Estou falando sério, (s/n). Prometo que não vai se arrepender, eu pesquisei muito para te ajudar nisso e sei que você vai gostar. Se em algum momento atingirmos o seu limite e você quiser parar, é só falar!

— Tipo um código de segurança? — Arqueei a sobrancelha.

— Que nem cinquenta tons de cinza? — Sorriu de lado e eu dei um pequeno soco em seu braço.

— Não estávamos falando sério? — Taehyung era impossível.

— Estamos! E tudo que eu falei era sério. — Ele se inclinou um pouco sobre mim, seu nariz quase tocando o meu. — E então?