"Algo deve ter dado errado no meu cérebro
Estou com toda a sua química nas minhas veias"
-Never be the same○●○
Assim que cheguei em casa fiquei ao menos quinze minutos andando de um lado para o outro em estado de completo choque (como Jisoo gosta de dizer).
Até criar coragem para mandar mensagem para as meninas foram mais dez minutos.
Sentei no sofá enquanto as esperava e encarei meu reflexo no espelho que ficava na parede.
Eu ainda usava a camisa vermelha de Taehyung e se me perguntassem o motivo de não ter me trocado ainda, a reposta era simples:Se eu tirasse aquela camisa, tudo ia parecer como um sonho.
Como se minha mente tivesse inventado tudo isso e no momento eu estava tentando me convencer de que era real.
A única coisa que fiz foi colocar uma calcinha.
É...
Eu não estava de calcinha.
Dava para conseguir imaginar meu desespero.Estava tão distraída olhando fixamente para o nada que quase pulei para trás quando a campainha tocou, senti um leve medo de ser Taehyung, no entanto, quando me levantei e olhei pelo olho mágico só consegui enxergar minhas duas melhores amigas.
Assim que abri a porta elas me olharam de baixo a cima.
—Vai falando.—Foi Lisa que começou falando e passou por mim, entrando em casa.
Jisoo colocou o braço ao redor do meu pescoço e fechou a porta com o pé.
—Queremos os mínimos detalhes.—Anunciou.
É....
Eu também queria.○●○
Contei para as duas, que mais interrompia-me do que escutavam, e tentei dizer tudo o que me lembrava. O que não era muita coisa.
Quando terminei de contar as duas ficaram me encarando.—Sempre pensei que a Lisa fosse perder a virgindade em uma festa enquanto estaria bêbada.—Jisoo declarou se relaxando na poltrona.
—Ei!—Lisa contestou e jogou um travesseiro nela.—Nem todas aqui sonham com o príncipe encantado.—Atacou ,arrancando um sorriso de Jisoo.
Coloquei a mão na testa e suspirei.
—O que vai fazer?—Foi Lisa quem me perguntou.
—Ignora-lo para sempre me parece uma opção agradável.
—Me poupe (S/n)! Você não pode fazer isso, além dele ser seu vizinho, tá na nossa escola também, lembra?—Questionou.
—Claro que lembro—Rebati—Porém, não vejo opção melhor e tamb-
Meu celular começou a tocar.
Automaticamente olhei para a mesa de centro. A sorte é que tinha o deixado carregando ontem, senão certamente eu o teria deixado na casa do vizinho.—Merda!—Espiei a tela do celular.—É ele.
Olhei para as meninas com os olhos arregalados.
—Atende.—Jisoo se manifestou.
—Ah, eu mesma não.—Choraminguei.
—Ele deve estar querendo a camisa de volta.—Ela indicou meu corpo.
—Acho que ele não vai mais ter ela de volta.—Me estiquei e peguei o celular, rapidamente o colocando no modo avião.
—Isso não vai dar certo.—Escutei Lisa sussurrar.
○●○
Como era domingo as duas decidiram ficar ali comigo.
Elas praticamente me ordenaram que tomasse um banho e trocasse de roupa.Subi para o meu quarto e tirei a camisa de Taehyung, deixando-a em cima da minha cama.
Quando entrei no box e analisei meu corpo, pensei que me sentiria diferente.
Sabe..uma mulher ou algo assim, sei lá.
Ao menos pensei que sentiria meu corpo diferente. Talvez melhor?
Enfim, não importa já que não senti nada. Definitivamente nada.Nem ao menos parecia que eu tinha perdido algo.
O mais estranho era que quanto mais eu esfregava meu corpo mais parecia que o cheiro de Taehyung ficava impregnado em meu corpo. Como um alerta de que eu tinha acordado entre os lençóis dele.
—Chega, (S/n)! —Me repreendi.
Se continuasse pensando naquilo certamente ficaria louca.
Sai do banho com a toalha amarrada e me sentei na ponta da cama, segurando a camisa de Taehyung entre as mãos.
—Certo! Isso não aconteceu. Só ignorar. Eu não sou o tipo de garota que faz isso.
Enfiei a camisa do Taehyung na gaveta.
Fiz como aquelas pessoas preguiçosas que jogam a poeira embaixo do tapete.No entanto, eu estava apenas fingindo e claro, mantendo meu orgulho.
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By: leticiaazeneth ♥️
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Um Vizinho Nada Convencional ||Kth||
Fanfiction[FANFIC BTS | Kim Taehyung |] (S/n) morava naquela vizinhança há anos. Era um ambiente totalmente monótono e sem graça, até o dia em que um novo vizinho chega para agitar o local. Ambos eram marcados, ambos tinham cicatrizes. Será que ódio e amor re...