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"Eu queria poder fingir que não precisava de você.
Mas cada toque é ...
É verdade.
Ooh, eu deveria estar fugindo."
- Señorita


O desfecho da quinta tinha sido melhor do que  esperava. Eu e Yugyeom treinamos muito e em pouco tempo consegui passar partes muito importantes da coreografia.

Ele realmente dançava bem e sua técnica era impressionante. Tinha certeza que nossa apresentação no final do ano seria espetacular.

Trocamos números e prometemos marcar dias extras para treinar nos dias que viriam.

Quando cheguei em casa, no final da tarde, meu corpo estava dolorido, meus músculos clamavam por descanso.

Já estava na porta de entrada quando meu celular começou a tocar e eu atendi.

(S/n)! — A voz de Lisa soou alta e esganiçada do outro lado da linha, fazendo com que eu afastasse o telefone da orelha. — Preciso da sua ajuda. Jungkook por pouco não estragou tudo, ele foi embora e eu chamei a Jisoo, ela acabou de chegar mas se recusa a me ajudar.

Ri ao ouvir Jisoo reclamando e resmungando no fundo enquanto Lisa a repreendia.

— Estou cansada. Acabei de chegar da aula de dança e você sabe que amanhã tenho que ir até aí bem cedo. — Justifiquei.

Você pode vir agora e trazer logo suas coisas, dorme aqui.

— Por favor, (S/n)! Ela está me obrigando a fazer sanduíches para a viagem. Eu sou péssima na cozinha. — Ouvi Jisoo choramingando, sua voz um pouco distante.

— Pare de reclamar e pegue alguns cobertores no armário. Temos que colocar tudo na mala para levar no ônibus. Na casa de praia faz um pouco de frio à noite. — Lisa a instruiu.

— Tudo eu. — Jisoo murmurou.

As duas eram sempre assim e me faziam rir todas as vezes.

Não acredito que você está me ligando essa hora para me fazer de escrava. — Reclamei, conseguia imagina-la revirando os olhos.

— Por favor...

Yah! Está bem. Se minha mãe deixar eu vou, mas tenho que terminar de arrumar a minha mala e ver se ela vai deixar.

— Está certo! Obrigada, te amo. Estamos te esperando.

Eu sei que me ama. — Declarei convencida.

Depois de desligar finalmente entrei em casa e me permiti sentar e relaxar no sofá por alguns segundos.

— Filha? — Minha mãe apareceu na porta do seu escritório segurando algumas pastas. — Demorou para chegar da aula.

— Fiquei mais um tempo treinando. — Justifiquei me sentando melhor no estofado. — Tenho um parceiro novo para a dança.

Minha mãe voltou a sua atenção para os papéis novamente.
Por um momento achei que ela iria querer saber mais..

— Certo! — Murmurou e apertou os olhos tentando ler algo muito pequeno inscrito na contracapa.

Suspirei e me levantei.

Um Vizinho Nada Convencional ||Kth||Onde histórias criam vida. Descubra agora