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Ana:

Entrei na sala de aula, dei o final da matéria para a segunda prova, fiz a chamada e liberei todos. Tirei dúvidas de alguns alunos que pediram em minha mesa, peguei minhas coisas quando a sala esvaziou e desci.

- Estou indo embora, estou com muita dor de cabeça. - Falei para Cecília que checava alguns papéis na mesa. - Me libera?

- Eu explico para a Katherine depois, sem problemas. Melhoras, Aninha.

- Obrigada, Cecília.

Desliguei o computador e fui embora. Chequei as redes sociais dentro do carro, enquanto o sinal estava fechado. Luísa tinha postado um storie estudando, então deixei a menina em paz e fui para casa descansar um pouco.

No sábado fui na oficina com minha irmã e conseguimos tirar o carro e levar para outra oficina, entraríamos com processo contra a primeira e resolveríamos tudo. Depois almoçamos na casa de nossa mãe, conversamos um pouco e depois me despedi. Deixei Raquel (irmã) em sua casa e segui para a minha.

Fiz um chá verde, tomei um copo e fui assistir algum programa idiota que passa aos sábados à tarde. Acabei cochilando e acordei quase oito da noite. Sem sono e sem ter o que fazer, abri uma cerveja e fui estudar um pouco para a construção de um possível artigo no futuro. Não havia falado com Luísa e estava com saudades, mas não queria entrar em contato. Ela que ficasse com Cecília.

No domingo, acordei quase meio-dia. Tomei um banho, tomei um copo de leite e liguei a TV da sala em um canal de músicas. Comecei a ajeitar a casa que estava uma bagunça, e ao terminar, quase as duas horas, o interfone tocou e o porteiro avisou que uma pessoa estava subindo, e que pedira surpresa, e que como conhecia, achou problema nenhum permitir.

Meu coração acelerou imaginando Luísa, mas quando abri Bruna estava sorridente com uma mala ao lado.

- Oi! - Ela me agarrou e nos beijamos. Eu continuava em choque. - Está surpresa?!

- Si-sim! Você me mandou fotos do Rio hoje de manhã, garota! - Dei-lhe um selinho e fechei a porta.

- Mandei antes de embarcar para que a surpresa desse certo. Estou morrendo de fome, tem almoço?

- Sim, no forno... E seus pais? - Fomos pra cozinha e ela pegou a lasanha.

- Ficaram. Eu também tinha as provas, não iriam permitir terceira chamada por conta de férias de lazer. - Ela colocou a lasanha no prato e começou a comer. - Aliás, amanhã eu tenho prova de Ambiental e o estágio de dia.

- Você vai se sair bem, relaxa.

Bruna ficou contando da sua viagem e dormiu em minha casa. Quando amanheceu, ela saiu primeiro, pois iria em casa trocar de roupa e deixar a enorme mala.

Tomei um banho às 8h, preparei um café forte e puro, vesti uma calça social branca, blusa de botão preta meio transparente, sorte do sutiã ser rendado e escuro, coloquei um salto bem alto e preto.

Como eu entrava apenas 9:30 nos dias de segunda, quarta e sexta, e o relógio marcava 8:50, passei em uma floricultura para encomendar um buquê de rosas.

- Certo, você deseja assinar algum cartão? - A vendedora perguntou enquanto reservava um buquê de rosas vermelhas.

- Não, a pessoa saberá quem é. - Falei e retirei o cartão da carteira. - Hum, acho que levarei dois.

A vendedora me olhou confusa.

- Mas agora um que seja misturado com brancas e vermelhas. - Apontei um buquê próximo a ela. - Esse eu vou assinar.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora