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Ana:

Ficamos cerca de duas horas planejando as aulas do semestre, questões de provas e os trabalhos. Mesmo que tenha sido duas horas a base do profissionalismo, eu sentia vontade de puxa-la para meu colo e deixar tudo aquilo de lado. A última coisa que eu pensava quando estava com ela era em trabalho.

Levantei para buscar água para nós e peguei meu celular no sofá. Havia algumas mensagens de Fernando, ignorei e voltei pro escritório.

- Está com fome? Posso fazer tapioca. - Entreguei o copo de água a ela que bebeu em um só gole.

- Hum... Pode ser. Vou te ajudar.

Organizamos a mesa, fechei a porta e fomos pra cozinha. Enquanto ela ralava o queijo, eu fiz a massa na frigideira. Depois de rechear, sentamos no sofá e ficamos comendo encarando uma a outra, em silêncio, apenas observando a outra.

- Você é tão linda... - Falei depois de engolir o último pedaço.

- Eu sei. - Ela jogou o guardanapo em mim e riu. - Você que é.

Puxei-a para perto e beijei seus lábios. Luísa passou as mãos pelo meu cabelo, puxando de leve e se afastando.

- Preciso ir. - Me deu um selinho e puxou mais um beijo. - Agora é sério.

- Não quer dormir aqui?

- Não, não posso. Preciso dormir em casa. - Ela levantou, pegou suas coisas e lhe acompanhei até a porta.

- A gente se fala? - Perguntei antes de largar sua mão.

- Sim, por telefone. - Assenti e lhe dei um selinho rápido.

***

Na segunda, após todas as aulas, mandei mensagem para Luísa, mas ela não recebeu na hora, então bloqueei o visor e joguei dentro da bolsa. Quando desci a rampa, Bruna estava no hall do bloco, com livros no colo e bolsa no ombro.

- Precisamos conversar. - Ela falou enquanto me encarava séria.

- Como quiser. Você veio de carro? - Ela assentiu. - Então já sabe o caminho.

- Você vai demorar a ir?

- Não, só vou passar na farmácia, mas é rápido. Pode ir logo pra minha casa. - Respondi.

Bruna assentiu e saiu em direção ao estacionamento dos alunos. Acenei para alguns alunos que estavam no hall e fui buscar meu carro. Joguei as coisas no banco do passageiro, liguei o som no modo aleatório do meu celular que estava conectado por Bluetooth e segui para a farmácia próxima a minha casa.

Comprei o que estava precisando, comprei uma batata e segui para casa. Bruna estava com o carro estacionado na portaria, então buzinei para que o porteiro liberasse sua entrada. Entrei na garagem, estacionei e subi. Bruna já estava na porta.

- Você quer batata? - Ofereci, mas ela recusou.

- Comi um pastel na faculdade. - Assenti e abri a porta. - Você vai jantar isso?

- Não, Maria deve ter deixado alguma coisa no fogão. Isso é apenas porcaria, não consigo me segurar. - Sorri e ela fechou a porta.

Retirei meus sapatos jogando-os de lado, coloquei a bolsa sobre a mesa de jantar e joguei o pacote de batata no lixo da cozinha. Bruna subiu apenas com a bolsa, então colocou na mesa e me seguiu até o quarto.

- Vou tomar um banho, você me espera? - Perguntei enquanto retirava o relógio e desabotoava a blusa.

- Sim, posso esperar aqui na cama?

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora