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Luísa:

Um homem apareceu na sala de aula com um buquê e chamou o meu nome. Arregalei os olhos e fui nervosa até a sala buscar o dito cujo.

- De quem é?

- Não sei, eu apenas sei para quem é. Preciso que assine aqui.

Fiz o que pediu e voltei para a sala. Coloquei no canto da minha mesa e retomei a aula. Quando finalizei, fiz a chamada e procurei algum cartão, mas não tinha nada.

Será que foi Ana?

Ou Tainah?

Arrumei minhas coisas e fui até a sala de Cecília, ela estava arrumando as coisas e tinha mais nenhum aluno em sua sala.

- Uau, que buquê é esse?!

- Alguém me mandou. - Coloquei sobre a mesa dela. - Mas não tem cartão, nem nada.

- E você sabe de quem é?

- Não sei, será que foi Ana?

- Por quê não pergunta?

- E se não for? Vai parecer que estou esperando algo assim dela.

- E não está? - Ela cruzou os braços. - Se está na dúvida se foi ela, é porque espera que seja dela.

- Ontem nós dormimos juntas.

- Vocês transaram?! - Ela disse mais alto e com cara de felicidade.

- Não, ela chegou com dores, então eu dei remédio, fiz uma massagem e assistimos o restante de um filme juntas na cama do quarto.

- Não rolou nenhum beijo? - Ela estava com cada de decepção.

- Não, mas eu fui para o outro quarto, acordei com ela gritando e corri, ela estava tendo pesadelo. Pediu que eu dormisse com ela, então deitei e dormi.

- Só isso?

- Me aproximei um pouco dela e entrelacei minha mão na dela... - Falei mais baixo e Cecí deu um pulinho.

- Meu casal está de volta!

- Então esse buquê é dela?!

- Não sei, Lu! Eu juro, ela não me contou nada. Quando você descobrir quero saber.

Ela pegou suas coisas e nós descemos para o tutorial. Cecí verificou se Ana estava na sala e negou. Entrei e sentei na cadeira em frente a sua mesa.

- Ela deve ter ido em outra sala, hoje ela fica até uma da tarde, depois a gente almoça e vai para o escritório. Ah, tenho um caso pra te contar.

Ficamos conversando sobre um dos casos que ela havia pego, quando Ana entrou na sala.

- E aí, meninas. - Ela sorriu e notei seu olhar no buquê que estava na cadeira ao lado.

- Oi, Ana. O que acha de almoçarmos naquele restaurante novo? Estou louca pra saber se é bom.

- Pode ser. Vai com a gente? - Ela me encarou.

- Não, preciso ir agora pra delegacia, estou resolvendo a prisão daqueles filhos da puta. Contei a vocês do caso de pornografia infantil? - Elas negaram.

Contei sobre o caso e depois me despedi. Quando cheguei no estacionamento, mandei uma mensagem para Cecí e disse que claramente não tinha sido ela. Cecí me confirmou, pois ela disse que Ana havia lhe perguntado sobre o buquê e ela respondeu que também não sabia de quem era.

Mandei uma mensagem para Tainah e ela respondeu minutos depois falando que também não tinha sido ela.

Decidi me concentrar no trabalho e deixar o buquê para depois. No final da noite, fui para casa. Tainah faltou aula, então não lhe dei carona e cheguei mais cedo em casa. Ana estava partindo uma pizza de chocolate enquanto assistia Friends no sofá.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora