XII

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Ana:

Peguei o celular e mandei uma mensagem para Maya.

"Não marcamos nenhum cinema, mal falei contigo essa semana. Voltei com Luísa e se nossa amizade não a deixa confortável e vai sempre prejudicar o meu casamento com quem eu amo, é melhor me afastar."

Enviei a mensagem e fui até a varanda. Ela observava a avenida lá embaixo, pouco movimentada por ser domingo. Fiquei ao seu lado, segurando na barra da proteção da varanda.

- Falei que não tinha marcado nenhum cinema com ela e que iria me afastar, pois essa situação prejudicou ainda mais o nosso casamento.

Ela continuou calada.

- Desculpa.

Sequer mexia o corpo.

- Pode ler a mensagem e se quiser, mandar uma mensagem para ela.

Ela continuou calada e imóvel.

- Certo, vou me matar e já volto.

Antes que eu saísse, Luísa riu e me puxou, me dando um selinho.

- Certo, hoje o dia foi maravilhoso, não quero estragar. - Ela entrelaçou suas duas mãos nas minhas.

- Acho que a gente precisa conversar. Como adultas.

- Conversar sobre o quê?

- Sobre nós. Estamos dando um tempo, mas... Acredito que hoje...

A porta da sala abriu e escutamos as crianças entrando correndo e gritando. Luísa soltou minhas mãos e puxou a blusa para baixo, tentando cobrir a calcinha ao máximo.

- Mamãe! Mamãe! - Os três gritavam pela sala.

- Nossa conversa fica pra mais tarde. - Ela sorriu e foi para a sala.

Minha sogra estava fechando a porta e pareceu se assustar com nossa roupa, inclusive, qualquer pessoa iria sacar que estávamos transando.

- Oi, meus amores! - Ela agarrou um dos meninos. - Estava morrendo de saudade!

- Oi... - Falei olhando a mulher na porta, que sorriu.

- Mamãe, a gente veio comer aqui. - Gustavo falou enquanto pulava no sofá.

- Daqui a pouco o almoço chega, a mamãe fez o pedido no restaurante. Vão tirar essa roupa, sem condições de usar calça jeans dentro de casa.

- Vou com eles.

Subi com eles, troquei as roupas e pedi que descessem devagar. Fui para o quarto, vesti uma roupa decente e também desci. A mãe de Luísa já tinha ido embora, então ela disse que iria vestir um short.

Minutos depois, a campainha tocou e ela também foi atender. As crianças não paravam de conversar, falando como foi dormir na casa da avó e que comeram brigadeiro de panela antes de dormir.

- Meu Deus, vocês não cansam? - Perguntei após afastar o prato.

Nós mal falamos durante o almoço, apenas eles. Depois que Luísa deu um pouco de sorvete para eles, pediram para assistir TV. Sabíamos que seria uma deixa para dormirem, então colocamos filme no mezanino e quinze minutos depois os três já estavam dormindo.

Deixamos no sofá-cama mesmo. Luísa tinha ido tomar banho, então aproveitei para me juntar a ela. Retirei a roupa que estava usando e entrei no box, abraçando-a por trás e beijando seu ombro.

- Oi, linda. - Ela sorriu me dando um beijo no rosto. - Estou cansada...

- Mas já? - Ela riu. - Quer dormir um pouco?

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora