XVI

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Ana:

Quando chegamos à Orlando, fomos direto para o Resort temático que Luísa tinha reservado. Fizemos check-in e seguimos para o quarto. O quarto era do Rei Leão, até as músicas dos corredores eram do filme.

- Vou transar na frente do filhote Simba. - Comentei observando uma parede pintada de uma das cenas do filme. - Deus me perdoe.

- O que quer fazer agora? - Ela me perguntou enquanto tirava os sapatos e as meias. - São cinco horas da tarde.

- Dar uma volta na cidade, em algumas lojas, ou dar uma volta no Resort, comer alguma coisa... - Sentei em uma cadeira e retirei os meus sapatos.

- Preciso ligar para minha mãe, avisar que chegamos e perguntar se os três estão bem.

Ela pegou o celular na bolsa enquanto fui ao banheiro. Quando voltei ela colocou a ligação no viva-voz e pude escutar sua mãe falando o dia das crianças e que elas já estavam perguntando sobre nós.

Falamos com os três de uma vez, eles falavam um sobre o outro e entendemos poucas coisas. Depois que nos despedimos, Luísa foi ao banheiro e eu tirei dois pares de chinelos de uma das malas.

- Pra quê chinelo? - Ela perguntou voltando do banheiro com o cabelo preso.

- Vamos dar uma volta e comer algo, estou com fome.

Luísa ergueu as mãos e depois apontou para si, me fazendo rir. Me aproximei e beijei sua boca devagar, enquanto nossas línguas dançavam dentro da boca da outra. Luísa segurou minha cintura e apertou com força, logo baixou suas mãos para minha bunda.

- É sério, estou com fome...

Pegamos dinheiro e saímos do hotel. Caminhamos um pouco e encontramos uma lanchonete, entramos e pedimos sanduíches e refrigerante.

- Esqueci que em Orlando é tudo assim, comida rápida e com gosto industrial. - Ela fez uma careta e colocou o cardápio de lado.

- Vamos ter que sobreviver alguns dias com comidas assim.

Ficamos conversando um pouco, comemos e decidimos retornar para o resort. Estávamos bem cansadas e no dia seguinte já iríamos a um dos parques.

Acordei com Luísa derrubando algo no chão. Abri os olhos com dificuldade e ela sorriu, de lado, pedindo desculpas em um sussurro.

- Que horas são?! - Perguntei puxando o lençol até o pescoço, estava com frio.

- Oito da manhã, vamos tomar café e aproveitar o dia?

- Já tomou banho? - Ela assentiu. Então notei que estava de roupão. - É a minha vez.

Me espreguicei na cama e levantei ainda enrolando o corpo nu em um lençol.

- Ai, caralho. - Falei ao dar um passo.

- Que foi?

- Você me deixou dolorida. - Resmunguei andando até o banheiro enquanto ela ria. - Não é pra rir!

Depois de me vestir, descemos de mãos dadas até o buffet para tomar café. Eu ainda andava com certa dificuldade, mas estava até menos dolorido e conseguindo disfarçar. Escutei uma risadinha abafada ao meu lado, Luísa estava rindo de novo.

- Vou fazer greve de sexo. - Falei pegando um prato.

- Foi você quem disse para ir com força e não parar. - Ela falou um pouco mais algo e fiquei vermelha, pois tinha um casal à nossa frente.

- Luísa!

- Eles não sabem nem do que estamos falando! - Ela pegou um prato e me acompanhou.

- Também somos do Brasil, mas de São Paulo. - O homem falou enquanto mastigava alguma coisa do buffet.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora