Ana:Quando chegamos à Orlando, fomos direto para o Resort temático que Luísa tinha reservado. Fizemos check-in e seguimos para o quarto. O quarto era do Rei Leão, até as músicas dos corredores eram do filme.
- Vou transar na frente do filhote Simba. - Comentei observando uma parede pintada de uma das cenas do filme. - Deus me perdoe.
- O que quer fazer agora? - Ela me perguntou enquanto tirava os sapatos e as meias. - São cinco horas da tarde.
- Dar uma volta na cidade, em algumas lojas, ou dar uma volta no Resort, comer alguma coisa... - Sentei em uma cadeira e retirei os meus sapatos.
- Preciso ligar para minha mãe, avisar que chegamos e perguntar se os três estão bem.
Ela pegou o celular na bolsa enquanto fui ao banheiro. Quando voltei ela colocou a ligação no viva-voz e pude escutar sua mãe falando o dia das crianças e que elas já estavam perguntando sobre nós.
Falamos com os três de uma vez, eles falavam um sobre o outro e entendemos poucas coisas. Depois que nos despedimos, Luísa foi ao banheiro e eu tirei dois pares de chinelos de uma das malas.
- Pra quê chinelo? - Ela perguntou voltando do banheiro com o cabelo preso.
- Vamos dar uma volta e comer algo, estou com fome.
Luísa ergueu as mãos e depois apontou para si, me fazendo rir. Me aproximei e beijei sua boca devagar, enquanto nossas línguas dançavam dentro da boca da outra. Luísa segurou minha cintura e apertou com força, logo baixou suas mãos para minha bunda.
- É sério, estou com fome...
Pegamos dinheiro e saímos do hotel. Caminhamos um pouco e encontramos uma lanchonete, entramos e pedimos sanduíches e refrigerante.
- Esqueci que em Orlando é tudo assim, comida rápida e com gosto industrial. - Ela fez uma careta e colocou o cardápio de lado.
- Vamos ter que sobreviver alguns dias com comidas assim.
Ficamos conversando um pouco, comemos e decidimos retornar para o resort. Estávamos bem cansadas e no dia seguinte já iríamos a um dos parques.
Acordei com Luísa derrubando algo no chão. Abri os olhos com dificuldade e ela sorriu, de lado, pedindo desculpas em um sussurro.
- Que horas são?! - Perguntei puxando o lençol até o pescoço, estava com frio.
- Oito da manhã, vamos tomar café e aproveitar o dia?
- Já tomou banho? - Ela assentiu. Então notei que estava de roupão. - É a minha vez.
Me espreguicei na cama e levantei ainda enrolando o corpo nu em um lençol.
- Ai, caralho. - Falei ao dar um passo.
- Que foi?
- Você me deixou dolorida. - Resmunguei andando até o banheiro enquanto ela ria. - Não é pra rir!
Depois de me vestir, descemos de mãos dadas até o buffet para tomar café. Eu ainda andava com certa dificuldade, mas estava até menos dolorido e conseguindo disfarçar. Escutei uma risadinha abafada ao meu lado, Luísa estava rindo de novo.
- Vou fazer greve de sexo. - Falei pegando um prato.
- Foi você quem disse para ir com força e não parar. - Ela falou um pouco mais algo e fiquei vermelha, pois tinha um casal à nossa frente.
- Luísa!
- Eles não sabem nem do que estamos falando! - Ela pegou um prato e me acompanhou.
- Também somos do Brasil, mas de São Paulo. - O homem falou enquanto mastigava alguma coisa do buffet.
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Ela e eu
RomanceLuísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter nas mãos, será mais difícil do que pensava para manter quem sempre quis ao seu lado.