Luísa:- Qual? - Perguntei segurando seu rosto entre minhas mãos.
Ana jogou o cobertor de lado e sentou na cama, fiz o mesmo.
- É um tabu para muitas mulheres. Aliás, quando eu falei para Raquel, ela ficou até um pouco assustada e tímida, trocando de assunto.
- Está me assustando. Se for sexo em público, tire o cavalinho da chuva.
- Não, nem gosto disso. - Ela fez uma careta. - Nem de câmeras e fotos.
- E qual o fetiche que você deixou para me contar na nossa primeira noite de lua de mel? - Questionei curiosa e sorridente.
- Sexo anal.
Provavelmente eu fiquei com cara de abestada, pois Ana ficou vermelha e levantou da cama, andando para um lado e outro do quarto.
- Desculpa, eu te assustei.
- Nã-não. Eu só não esperava isso. - Falei gaguejando. - Eu fiz cara merda?
- Ficou me olhando diferente.
- Eu só fui pega de surpresa, algo que eu nunca esperava ser.
Me levantei e a puxei pela cintura, lhe dando um selinho.
- O que diz sobre isso?
- Confesso que nunca pensei nem imaginei, nunca tive curiosidade. Podemos tentar, precisamos estar bem à vontade. - Ana assentiu e me deu um beijo longo. - Caso eu não consiga e fracassar, me desculpa.
- Não diga a palavra fracassar, certo? Vem.
Ela voltou para a cama e me puxou, ficando por cima de mim. Ficamos nos beijando por um longo tempo, trocando carinho, beijos, abraços e cheiros. Não transamos, um tempo depois Ana dormiu, então desliguei a TV, colei em seu corpo numa conchinha torta e dormi.
***
- Estou cansada... - Ana gemeu enquanto caminhávamos de mãos dadas dentro de um dos parques de Orlando. - Vamos comer em algum canto, preciso sentar.
- O que vamos comer?
- Hum, pode ser cachorro-quente. - Ela balançou os ombros. - Ah, mas antes vamos naquela montanha-russa.
- Amor, lembra que você está cansada?
- Vamos estar sentadas, ué. Aproveita que tem pouca gente na fila.
Nós fomos até a montanha-russa e esperamos que a mesma desse uma volta até entrarmos. Ficamos no meio do brinquedo, dividindo um banco pequeno, enquanto havia pessoas na frente e atrás. Colocamos o cinto e fiz o sinal da cruz antes que rodasse.
- Está com medo? - Perguntou.
- Só pedindo a Deus que ele deixe meu corpo aproveitar o restante da lua-de-mel. - Acabou rindo e beijou o meu rosto.
A montanha-russa começou a andar. Fiquei um pouco apreensiva, não era uma das maiores, mas mesmo assim dava um pouco de medo por conta da velocidade.
Ana colocou a mão na minha coxa e apertou, oferecendo um sorriso. Fiquei olhando para frente e segurei na barra de ferro a minha frente. Ela fez o mesmo com a mão esquerda, e com a direita permaneceu com a mão na minha perna.
Quando o carrinho começou a subir o primeiro pico de altura, senti a mão de Ana caminhar até o botão do meu short, desabotoando. Encarei-a de uma vez e ela estava olhando para o outro lado.
- Ana! - Sussurrei com voz brava.
- O que? - Ela me encarou sorrindo e fingindo demência.
- Sério? - Fiz sinal para baixo e ela balançou os ombros, olhando para a frente.
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Ela e eu
RomansLuísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter nas mãos, será mais difícil do que pensava para manter quem sempre quis ao seu lado.